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Pizzonia se emociona com morte de amigo Wilson: “te afeta”

Conhecendo e duelando com piloto britânico desde a Fórmula 3000, Antonio crê que algo deva ser feito para melhorar segurança

Justin Wilson, Andretti Autosport Honda
Justin Wilson, Dale Coyne Racing
Antono Pizzonia
Justin Wilson
Antonio Pizzonia
Justin Wilson, Dale Coyne Racing Honda

Cinco dias depois da tragédia em Pocono, a morte de Justin Wilson ainda reverbera no mundo do automobilismo. O amazonense Antonio Pizzonia foi um dos que mais sentiu a perda do piloto no último domingo. Wilson foi atingido pelo bico do carro de Sage Karam na cabeça e acabou não resistindo aos ferimentos neurológicos após passar um dia em coma.

Pizzonia andou com o piloto na F3000, F1 e na ChampCar. Para ele, Wilson era uma das melhores pessoas que conheceu profissionalmente.

“O Justin era um cara excepcional, muito bacana. Por onde ele passou, deixou o carisma e a simpatia dele”, iniciou.

“Não me lembro de ele ter algum inimigo dentro da pista, todos adoravam ele. Era um cara muito talentoso, apesar das dificuldades com tamanho – ele era muito grande (tinha 1,93m).”

Antonio foi substituído na Jaguar em 2003 pelo britânico após 11 corridas, mas nem isso abalou a relação dos dois. Pelo contrário. Pizzonia até chegou a se emocionar quando falou do azar sofrido pelo colega. “É uma pena... é uma fatalidade que a gente fica muito triste, sem dúvida”, falou com os olhos marejados e a voz embargada.

“Independente da pessoa, obviamente você não quer que aconteça com ninguém. No caso dele, que era uma pessoa extremamente querida, acaba te afetando mais.”

À favor de mudanças na segurança dos monopostos, Pizzonia, entretanto, não sabe ainda qual é a melhor opção para diminuir o perigo sem descaracterizar o visual dos carros. “Infelizmente este pensamento de mudança só acontece quando ocorre uma fatalidade.”

“Fechar totalmente eu não sei se seria o ideal, mas existem outras propostas nas quais o cockpit continuaria aberto mas daria uma proteção maior para o piloto. Alguém poderia até questionar: 'e se vier uma peça menor, do tipo que acertou o Massa em 2009?' Isso é muito difícil de prever. Mas algo tem de ser feito, sem dúvida.”

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