Crutchlow questiona decisão da Honda de trazer Espargaró para equipe oficial: "Um cara com um pódio em seis anos na MotoGP"
O britânico, que perdeu a vaga na LCR pelas movimentações, afirma que não fica um clima ruim com a montadora, mas questionou a escolha do espanhol
A confirmação da chegada de Pol Espargaró na equipe oficial da Honda na MotoGP em 2021 iniciou um efeito dominó que levará Álex Márquez à LCR na próxima temporada, deixando Cal Crutchlow sem vaga com a montadora. E, apesar do piloto dizer que não fica bravo com a situação, ele questionou a escolha do espanhol para correr ao lado de Marc Márquez.
O britânico admitiu que a perda da vaga não foi uma surpresa, mas o piloto, que é o único além de Marc Márquez a vencer com a difícil moto da Honda desde 2018, questionou a decisão da montadora de trazer Espargaró devido ao seu histórico da MotoGP, com apenas um pódio conquistado em seis temporadas disputadas.
"Não fiquei tão surpreso [com a vaga], eu fiquei mais surpreso com o escolhido", disse Crutchlow. "Não estou sendo desrespeitoso, mas a realidade é que, se eles escolhessem alguém diferente, como Dovizioso, acho que seria um cenário diferente, um sentimento diferente, para mim".
"Mas eles escolheram um cara com apenas um pódio em seis anos na MotoGP. E aí eles movem Álex, criando uma situação ruim para ele, perdendo a vaga na equipe oficial sem nem ter corrido. Mas, como disse antes, não tenho remorsos com a Honda".
"Tive cinco bons anos onde tivemos muitos bons momentos juntos, com três vitórias e 12 pódios e, sem eles, eu não seria capaz de fazer isso".
Espargaró e Marc Márquez tiveram uma certa rivalidade em suas épocas de 125cc e Moto2, mas o campeão disse que "respeita" a decisão da Honda de formar a dupla no próximo ano, e acredita que a mudança de Álex para a LCR será "um passo positivo" para ele.
"Eu nunca forcei ou vetei meus parceiros", disse Márquez. "Agora não seria diferente. Eu respeito a decisão da Honda assim como fiz após a situação de Jorge. Eu sei que a Honda busca o melhor para a equipe".
"Eles acreditam que Pol deveria ser meu parceiro e que Álex estaria melhor na LCR com apoio da fábrica. Pol tem mais experiência na categoria e acho que é um passo positivo para a Honda e Álex. O que não é normal é chegar direto na equipe de fábrica".
"Há casos como o meu, mas o lógico é começar nas equipes satélites, como Morbidelli, Quartarato ou Stoner. Ele vai ter o apoio da fábrica. Eu estou feliz por ele, é um movimento positivo e ele terá a chance de fazer seu nome na MotoGP".
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