O caminho de Andrea Dovizioso na MotoGP chega ao fim neste ano. O italiano confirmou que não tem intenção de seguir no Mundial em 2023, reconhecendo que não é capaz de tirar o máximo da M1 da Yamaha, uma moto que apenas Fabio Quartararo parece compreender.

O italiano é um exemplo do impacto econômico da pandemia na categoria. Em 2020 ele estava em seu último ano de contrato com a Ducati, que lhe ofereceu uma renovação, mas pela metade do salário. Dovi considerou inaceitável e, por isso, decidiu por um sabático em 2021.

Naquele momento, o três vezes vice campeão mundial (2017-2019) colocou como ponto fundamental para o retorno a chance de ter em mãos uma moto que lhe permitisse lutar pelo título. Mas no meio do ano seguinte voltou à categoria após a demissão chocante de Maverick Viñales da Yamaha, que levou à promoção de Franco Morbidelli para a equipe oficial, vagando uma moto na SRT.

Andrea Dovizioso, RNF MotoGP Racing

Desde então, Dovi já disputou 11 corridas e seu melhor resultado até agora foi a 11ª posição no GP de Portugal deste ano, já com a equipe renomeada para WithU.

"É evidente que não correrei no ano que vem. Sempre disse que, se não fosse competitivo, não estaria aqui, porque nessas circunstâncias, você não tem como gostar", disse o italiano ao site oficial da MotoGP.

"Em nenhum momento busquei uma moto para o próximo ano. Já sei como é não correr porque passei por isso em 2021 e estou tranquilo. Mas, logicamente, não queria terminar a temporada assim", disse o italiano, que tem os mesmo dez pontos no Mundial que Darryn Binder, seu companheiro de equipe que estreia na MotoGP em 2022 sendo promovido direto da Moto3.

 

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