MotoGP: Ducati renova com vice-campeão Bagnaia até o fim de 2024

Italiano é visto como favorito ao título de 2022 e é o primeiro piloto contratado pela Ducati a ter um acordo para além deste ano

Francesco Bagnaia, Ducati Team

A poucas semanas do início da temporada 2022 da MotoGP, a Ducati já garantiu a manutenção de um de seus nomes mais importantes a longo prazo: o atual vice-campeão, Francesco Bagnaia, segue com a montadora italiana até o final de 2024.

Bagnaia corre com a Ducati desde sua chegada à MotoGP, começando como piloto da Pramac em 2019, um contrato assinado com o pupilo de Valentino Rossi antes mesmo dele conquistar o título da Moto2 em 2018.

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Em duas temporadas com a Pramac, Bagnaia teve campeonatos difíceis, fazendo apenas um pódio. Mesmo assim, ele obteve a promoção para a equipe oficial da montadora em 2021, ao lado de Jack Miller.

O italiano teve uma grande campanha, vencendo pela primeira vez na MotoGP em Aragón após uma batalha emocionante com Marc Márquez. Bagnaia terminou o ano com mais três vitórias e o vice-campeonato, atrás apenas de Fabio Quartararo. Com a evolução da moto da Ducati, é visto como o favorito ao título em 2022.

Motorsport.com já havia adiantado que Bagnaia e a Ducati estavam próximos de fechar uma extensão contratual de dois anos, o que foi confirmado nesta segunda (21), quase duas semanas antes da etapa inaugural de 2022, o GP do Catar, marcado para 06 de março.

"Ser um piloto da Ducati na MotoGP sempre foi meu sonho, e poder continuar por mais dois anos me deixa muito feliz. Na equipe de fábrica encontrei um ambiente sereno. Agora preciso apenas me concentrar em ir bem no campeonato".

Francesco Bagnaia, Ducati Team

Francesco Bagnaia, Ducati Team

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

O diretor geral da Ducati, Gigi Dall'Igna, acrescentou: "Estamos muito felizes por termos Bagnaia conosco por mais duas temporadas. Desde a sua chegada na Ducati em 2019, Pecco vem demostrando grande talento e grande habilidade o interpretar nosso protótipo do melhor modo possível, adaptando sua pilotagem para qualquer circunstância".

"Com essas qualidades, estamos convencidos de que ele tem todo o potencial para poder lutar ao nosso lado pelo título".

Segundo apurado pelo Motorsport.com, o novo acordo aumentará o salário de Bagnaia de 800 mil euros para cerca de 1,5 milhão a partir de 2022 (R$4,6 milhões para R$8,6 milhões).

Bagnaia é o primeiro piloto com contrato direto com a Ducati a ter um acordo para além de 2022. A luta pela segunda vaga na equipe oficial deve ficar entre outros três pilotos na mesma situação: Jack Miller, Jorge Martín e Enea Bastianini.

Quando questionado pelo Motorsport.com em uma entrevista recente sobre o que Miller, que venceu duas corridas em 2021, precisa fazer para obter um novo acordo com a montadora, o diretor esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti, disse que o australiano precisa de mais consistência.

Porém, ele deixou subentendido que uma opção seria mover Miller de volta à Pramac, equipe pela qual correu entre 2018 e 2020.

"Acho que nossa esperança é de vê-lo entregar performances de alto nível consistentemente ao longo da temporada", disse Ciabatti, dizendo ainda que a Ducati "ama" o australiano. "Felizmente, podemos contar com três equipes independentes trabalhando com a Ducati e, obviamente, a Pramac sempre tem a opção de ter as mesmas motos de fábrica que a equipe oficial".

"Além disso, uma dessas motos está agora com [Luca] Marini na VR46. Então há espaço para manter pilotos da Ducati com máquinas bem competitivas caso não exista espaço para eles na equipe oficial".

"Tendo dito isso, ainda é cedo demais para uma decisão do tipo. E queremos esperar algumas corridas antes de nos comprometermos para o futuro".

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