Entrevista

MotoGP: Mir diz que foi "decepcionante" não poder enfrentar Quartararo no ano de defesa do título

Campeão de 2020, piloto da Suzuki disse ter ficado desiludido com a temporada que teve

Joan Mir, Team Suzuki MotoGP

Joan Mir foi um dos pilotos mais regulares da MotoGP em 2021, terminando no top 10 em todas as 16 provas que completou, mas ficou apenas em terceiro no Mundial, no ano em que defendia o título conquistado em 2020. Por isso, o espanhol da Suzuki classificou como "decepcionante" o fato de não ter conseguido lutar pelo Mundial de forma "mais dura".

Ao longo de 2021, Mir fez seis pódios, sendo dois segundos lugares, mas sem conseguir vencer, o que foi crucial para terminar fora da luta pelo título.

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A consistência de Mir, que foi chave para seu título em 2020, não foi suficiente para 2021, sem ter como bater de frente com Fabio Quartararo, que também terminou 16 vezes no top 10 ao longo do campeonato, sendo 11 delas nas cinco primeiras posições, além de cinco vitórias, totalizando 278 pontos, 70 a mais que o da Suzuki, que ficou atrás ainda de Pecco Bagnaia.

Olhando para a consistência extraordinária de Mir, uns podem chegar à conclusão de que quem falhou foi a Suzuki na defesa do título.

"Não, não diria assim", disse Mir em entrevista exclusiva ao Motorsport.com. "Foram várias coisas que aconteceram e que não nos deixaram lutar pelo título. É um pouco complicado falar sobre isso. Um pouco difícil na verdade".

Apesar de ter se mostrado crítico da marca japonesa, Mir não quer descarregar todas as culpas na evolução da moto, e admite não estar contente com o que aconteceu na temporada passada.

"Não estou contente com a situação. Não é que não esteja contente com a Suzuki. Não estou com o que nos levou a não lutar pelo Mundial de maneira mais dura, sem poder colocar Quartararo contra a parede em momento algum da temporada. Não é o que esperava e é uma desilusão. Estou desiludido, acredito que essa seja a palavra".

Joan Mir, Team Suzuki MotoGP, Fabio Quartararo, Yamaha

Joan Mir, Team Suzuki MotoGP, Fabio Quartararo, Yamaha

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

Um dos elementos mais recorrentes de Mir durante a temporada foi a melhora dos rivais, que foi muito superior à da Suzuki e, quando questionado sobre o que gostaria de ter das outras motos, foi bem claro.

"Só posso responder isso com base no que todos pensamos que as outras motos têm, mas a verdade é que não sei porque não cheguei a testar nenhuma que não a Suzuki. Mas, por sensações, ficaria com a potência da Ducati, a agilidade da Honda e o arranque da Yamaha. E ficaria com a consistência da Suzuki".

Com apenas 24 anos e dois Mundiais no bolso (campeão da Moto3 em 2017), o contrato atual de Mir com a Suzuki chega ao fim neste ano, e não são poucos os que o colocam fora da marca para 2023.

Em alguns esportes, é comum incluir uma cláusula de saída caso surja uma grande oferta. Quando perguntamos a Mir qual equipe o fariam utilizá-la, respondeu: "Acredito que as equipes mais fortes da MotoGP hoje são Ducati, Honda e Yamaha. Colocaria a Suzuki nessa lista também. Então as coisas iriam por aí".

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