Almirola prova que Danica era mais importante fora da pista
Bom rendimento do sucessor do carro #10 no início da temporada da NASCAR mostra como a Stewart-Haas Racing perdeu tempo com a piloto na área esportiva










Danica Patrick é a maior referência do sexo feminino dentro do automobilismo do século XXI . A piloto que fez sua última prova de maneira oficial na NASCAR, nas 500 Milhas de Daytona, é a que mais competiu na maior categoria do esporte a motor norte-americano, com 191 largadas. Janet Guthrie, a maior referência antes de sua chegada, havia conseguido “míseras“ 33 participações.
A equipe que Danica competia, a Stewart-Haas Racing (SHR) pode ser considerada de ponta, mesmo não sendo tão tradicional. Títulos de Tony Stewart em 2011 e de Kevin Harvick em 2014 mostraram o potencial do time. Danica conseguiu, ao todo, sete top-10, contra cinco de Guthrie.
Mas será que a fama de Danica se justifica esportivamente?
Antes de responder, vale a pena ressaltar que Patrick era uma referência além do mundo das quatro rodas, com status de celebridade americana. Ainda não se pode contar quantas meninas se sentiram motivadas em tentar uma carreira no automobilismo somente por vê-la na pista. Até certa altura, dentro da NASCAR, ela podia render à SHR grandes patrocínios, contribuindo indiretamente, por exemplo, ao êxito de Harvick em 2014.
Na pista a história se modifica. Se pegarmos somente o ano de 2017, sua última temporada completa na NASCAR, os números são desastrosos: das 36 provas, apenas um top-10, com o 10º lugar em Dover.
Aric Almirola, que sabidamente foi para a SHR por causa do patrocinador, a Smithfield Foods, em pouco tempo já aniquilou as principais marcas do ano passado, após apenas cinco etapas. Foram dois top-10 (Las Vegas e Phoenix), além de quase vencer as 500 Milhas de Daytona, quando foi tirado pelo vencedor da prova, Austin Dillon na última volta. Mais do que isso, mesmo não chegando entre os dez primeiros, Almirola aproveita bem o conjunto SHR/Ford, sendo presença constante na briga por colocações mais à frente do que sua antecessora conseguia.
Em sua defesa, Danica pode alegar que em 2017 a SHR passava por um momento de transição, após a mudança do motor Chevrolet para os Ford. O próprio Tony Stewart admitiu dificuldades no ano passado, após a vitória dominante de Kevin Harvick em Atlanta há poucas semanas. Mas no último ano de Chevrolet, em 2016, o desempenho da piloto foi ainda pior que 2017, o que pôde ter sido o início do fim de sua carreira na NASCAR, já que patrocinadores precisam de exposição, e ela aparecia somente quando participava de algum acidente (sendo culpada ou vítima) ou em pautas que a tratava como uma grande novidade no esporte, mesmo a NASCAR tendo a presença feminina no volante desde 1949.
A continuar com esse desempenho médio, Almirola vai provando que a SHR perdeu tempo com Danica, principalmente no período em que ela não conseguia mais atrair as atenções de apoiadores.

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