Principal causa para a morte de Roland Ratzenberger, a FIA resolveu diminuir o movimento lateral da cabeça do piloto em grandes choques. Na ocasião, o austríaco quebrou seu pescoço ao bater no muro da curva Villeneuve. O impacto foi tão forte que deixou uma mancha de sangue nítida no capacete. Em 1996, a F1 tornou obrigatórios os encostos de cabeça altos.
À época, apesar do uso de capacetes modernos, os ombros e o pescoço do piloto estavam expostos a grandes desacelerações. Não havia proteção lateral nos cockpits e a cabeça do piloto estava praticamente solta. Pensando em melhorar a segurança, a F1 adotou em 2003 o HANS (sigla em inglês proteção de cabeça e pescoço), uma proteção afivelada ao capacete que impede que a cabeça do piloto faça grandes movimentos em impactos.
O impacto da Simtek de Ratzenberger contra o muro revelou que o carro não era forte o bastante para segurar um força daquela magnitude, já que um buraco se abriu no cockpit. Desde então, a F1 adotou crash tests mais rigorosos para que os times fortificassem suas ‘células de sobrevivência’ – área onde fica o piloto no carro.
Com um pedaço da suspensão entrando pela viseira como causa da morte de Senna, os capacetes foram bastante modificados. Hoje eles são mais leves, seguros e resistentes, feitos em fibra de carbono e Kevlar. A viseira do capacete é feita de policarbonato transparente especial, combinando excelente proteção contra impactos com resistência a chamas e excelente visibilidade.
Desde 1994, uma pesquisa grande foi feita para deixar os circuitos mais seguros. Para 1995, Imola ganhou duas chicanes nas curvas Tamburello e Villeneuve. Nos anos seguintes, áreas de escapes foram aumentadas (e, em muitos casos, asfaltadas), zebras foram modernizadas e as proteções dos muros mudaram de pneus para Tecpro – barreira feita com espuma modular.
As imagens dos atendimentos médicos de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger foram provavelmente as mais fortes da história da F1. O austríaco passou por massagens cardíacas, e o brasileiro teve uma traqueostomia feita no atendimento que espalhou sangue na área de escape da pista. Tudo isso foi registrado ao vivo pelo helicóptero da transmissão internacional. Desde então, para preservar o público, o local de atendimento médico não é mostrado com frequência e fiscais sempre seguram mantas protegendo o procedimento.
Desejo expresso de Senna na manhã de sua morte, em uma reunião com outros pilotos tendo em vista a corrida seguinte, em Mônaco, a F1 passou a controlar as velocidades dos pilotos nos pits apenas a partir daquele final de semana negro em Imola.
No final do GP de San Marino, uma roda se soltou da Minardi de Michelle Alboreto enquanto ele saia dos boxes. À época, as equipes ficavam preparadas esperando os pilotos a qualquer momento. Isso fez com que a roda de Alboreto acertasse três mecânicos da Ferrari e um da Lotus. Desde então, os times são obrigados a ficar dentro das garagens durante as provas.
Causa da morte de Senna, os triângulos das suspensões foram fortificados ainda durante 1994, para que o perigo de um piloto ser acertado por um braço de suspensão fosse reduzido. Em 2003, cabos de aço passaram a prender as rodas junto aos carros para que não se soltassem facilmente em qualquer acidente.
Em 1994, o resultado de uma corrida com bandeira vermelha era feito da soma dos tempos das partes da corrida. Isso gerava confusão, já que muitas vezes alguém passava um concorrente na pista mas continuava atrás no tempo. Após 1994, isso mudou. Hoje, apenas o resultado da segunda bateria é o que vale. Imola 1994 também foi a última vez que a relargada de uma corrida foi dada com o grid parado, algo que a F1 reimplantou neste ano.