ANÁLISE F1: Como rodada tripla na Europa pode ser 'trunfo' para evolução de Bortoleto em 2025
Brasileiro da Sauber não pontuou no campeonato mas tem experiência nas pistas da Europa

Foto de: Lars Baron - Motorsport Images
Gabriel Bortoleto estreou na Fórmula 1 em 2025 e, até então, teve uma difícil transição entre ser o campeão consecutivo de Fórmula 3 e Fórmula 2 para agora ser novato da categoria máxima e disputar posições no final do grid com o carro da Sauber. Uma das questões que pode ter afetado o brasileiro é a falta de experiência nas pistas que sediaram as seis primeiras corridas da temporada, mas um fator pode mudar isso: a 'turnê europeia'.
Bortoleto percorreu o caminho 'tradicional' até a F1, passando pela Fórmula Regional Europeia (FRECA) onde permaneceu nas temporadas 2021 e 2022, e pela F3 e F2, em 2023 e 2024, respectivamente.
Na FRECA, o piloto paulista correu nas pistas que sediarão as próximas três etapas da F1: Ímola (GP da Emilia Romagna), Mônaco e Barcelona (GP da Espanha), além de sessões em Monza, Hungria, Spa-Francorchamps e na Áustria. Nesses dois anos, ele conquistou duas vitórias em dois desses circuitos europeus: na Bélgica e na Espanha, onde ele também foi pole position.
Já na F3, em que ele conquistou o troféu de 2023 como novato, Gabriel correu novamente em alguns desses circuitos, mas também estreou na tradicional pista de Silverstone.
Apesar disso, o brasileiro não venceu em nenhuma das pistas que fazem parte da próxima trinca de corridas, conquistando quarto lugar nas duas sessões de Barcelona e sexto e quinto na sprint e na principal de Mônaco, respectivamente. A F3 não teve sessão em Monza em 2023.
Já na F2, que teve etapas nos três circuitos que fazem parte da sequência do velho continente, Bortoleto foi pole position na corrida de Ímola, terminando em sexto lugar na sprint (onde os dez primeiros invertem o grid) e em segundo na principal, vencida por Isack Hadjar, que também foi para F1, mas pela Racing Bulls.
Em Mônaco, Gabriel foi o segundo colocado na sprint e décimo na principal. Já em Barcelona, o atual piloto da Sauber chegou em quinto na sessão curta e em 10º na corrida de domingo.
O que isso significa?
A experiência do brasileiro nas pistas europeias é inegável e deve ser levada em conta para uma possível melhora dos resultados na primeira metade da temporada da Fórmula 1. No entanto, outros novatos do grid também correram nesses circuitos e também não devem ser descartados.
Outro fator a ser considerado é que todos os pilotos das categorias de monopostos 'de base' correm com os mesmos carros, ao contrário da F1, em que as máquinas de cada equipe e até mesmo dentro da própria escuderia são diferentes, o que afeta diretamente o resultado das etapas.
Isso, principalmente, pode afetar o desempenho de Bortoleto na 'trinca europeia', já que o Sauber C45 é um dos carros que disputam posições no fim do grid da F1, como evidenciado pela última colocação no campeonato de construtores.
Felipe Giaffone, comentarista de automobilismo do Grupo Bandeirantes e que acompanhou a carreira do jovem brasileiro desde seus primeiros passos nos esportes a motor, disse, em entrevista ao Motorsport.com, que espera que Bortoleto tenha três finais de semana "mais tranquilos", mas que tais resultados também dependem de outros fatores.
"Na primeira corrida na Austrália, ele já andou muito bem. Então, eu acho que assim, o Gabriel, se tiver com o carro legal, se tiver do jeito dele, e precisa calhar, precisa ter sorte, porque às vezes o fim de semana não vai... Ele teve alguns fins de semana conturbados".
"Mas eu acho que é uma grande chance de ele ter três fins de semana mais tranquilos aí. E torcer, torcer para que ele vá evoluindo".
"Mas eu vejo muito uma equipe focando no desenvolvimento dele como piloto. Mas o foco da equipe está completamente no ano que vem", concluiu Giaffone.
Se Gabriel Bortoleto terá bons resultados na próxima trinca, só o futuro poderá ditar. Mas tais corridas podem ser um bom sinal para o piloto brasileiro evoluir na Fórmula 1.
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