Análise técnica: novidades da Williams para curvas de baixa
Time de Grove tem se esforçado para manter posição entre as principais equipes do grid, focando na busca por avanços nas curvas de baixa velocidade; Giorgio Piola e Matt Somerfield analisam as novidades
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Mudanças no bico e na asa dianteira
Tendo adotado o chamado 'nariz curto' já em 2015, a Williams continua a buscar avanços nesta área do carro em 2016. A nova asa dianteira chegou apenas no sábado e somente Felipe Massa teve acesso à peça, mas novas partes estão programadas para estrear na China.
O novo bico é um pouco mais curto do que o anterior, tendo sido movido cerca de 5 cm para trás na seção neutra da asa dianteira, enquanto os pilares de apoio foram redesenhados e se inclinaram para se adequar ao novo bico - e, seguindo a tendência atual, tais pilares foram montados o máximo possível para trás da seção neutra. Com isso, abriu-se mais espaço para que o ar se mova pelo carro.
O objetivo de tais mudanças, portanto, é aperfeiçoar o fluxo de ar por baixo do bico e, mais importante, a pressão na base da asa dianteira.
O bico mais curto talvez tenha sido a razão para o aumento da altura nas laterais do bico, mas as exigências dos crash tests também pode ter levado a tal alteração. Além disso, o time introduziu uma nova aleta para direcionar o fluxo que vem da asa dianteira (destacado em verde), maximizando o desempenho no setor.
Além das mudanças no bico, a asa dianteira também apresentou mudanças significativas. Primeiro, a junção com a seção neutra (1), buscando melhorar a performance na parte central do carro.
As extremidades internas dos flaps (2) também foram revisadas e tem uma curvatura agora, ao invés de simplesmente terminar em um ponto. As extremidades frontais de ambos os lados da asa ganharam mais duas aletas, que devem auxiliar no direcionamento do fluxo de ar em volta do pneu dianteiro.
Defletores laterais
A Williams também fez alterações na região dos defletores laterais, com os dois carros apresentando saliências nas extremidades dianteiras do assoalho. Essas saliências têm como objetivo direcionar o ar de maneira mais eficiente para os defletores laterais e para os sidepods, o que deve impactar positivamente no fluxo de ar para difusor traseiro.
Duto de freio traseiro complexo
Algo que pôde ser observado já na Austrália foi a alteração que a Williams fez nos dutos dos freios traseiros para 2016.
A abordagem em relação ao fluxo de ar é radicalmente diferente, com várias aberturas ao redor do cubo da roda, que agora expelem o ar quente para fora das rodas, desviando-o de partes fundamentais como o difusor.
Ainda que esteja incerto se as alterações resolverão o problema nas curvas de baixa ou se terão impacto significativo no ritmo de corrida da Williams, fica claro que a equipe está preparada para tentar buscar soluções próprias, com novidades apresentadas no FW38 que diferem daquilo que as adversárias estão fazendo.
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