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Andretti: "O número de fãs da F-1 nos Estados Unidos é subestimado"

Campeão de 1978 comemora "lar fixo" para a categoria no país e diz considerar 2012 a melhor temporada da história

Andretti visita o Circuito das Américas

Último campeão norte-americano da F-1 em 1978, Mario Andretti, acredita que a construção do Circuito das Américas, na cidade texana de Austin, é um marco para a categoria no país. O ex-piloto acredita que os fãs são subestimados e que só precisavam de uma base contínua para abraçar de vez o esporte.

“Você tinha Watkins Glen, Phoenix, Long Beach”, lembrou Andretti em entrevista ao site oficial da F-1. “Eram muitos circuitos, mas nenhuma estabilidade. Assim não dá para fazer planos para o ano seguinte. Esse é um grande fator, na minha visão, pelo qual a F-1 se tornou menos interessante. Finalmente teremos isso aqui no Texas.”

A corrida em Austin terá sua primeira edição em novembro deste ano e será a penúltima etapa do Mundial, que deve chegar aberto à primeira prova nos Estados Unidos em cinco anos.

 “Já disse um milhão de vezes que o número de fãs da F-1 nos Estados Unidos é subestimado e acho que a categoria será abraçada e terá uma casa sólida. Os fãs da F-1 podem comemorar, em minha opinião, porque finalmente temos uma casa.”

Andretti frisou que, embora à primeira vista fazer uma corrida no Texas fique longe da ideia de glamour da F-1, o local foi bem escolhido do ponto de vista estratégico. “O Texas tem uma boa acessibilidade da América do Sul, um grande centro de fãs da F-1. Estrategicamente, é muito melhor do que algumas pessoas poderiam crer.”

Perguntado sobre o porquê de pilotos norte-americanos raramente se interessarem pela F-1, Andretti justificou salientando a grande oferta que seus conterrâneos têm dentro do próprio país.

 “O Estados Unidos é, provavelmente, o único país que pode prover uma carreira satisfatória tanto na Indy, quanto na Nascar, então os aspirantes acabam não se preocupando com a F-1. Agora, se tivesse uma corrida aqui, acho que haveria mais jovens que começariam a sonhar em correr na F-1. Mas eles precisariam de alguma ajuda de patrocinadores para que não fizessem número, mas estivessem lá para ganhar e dar ao esporte uma chance de verdade de se tornar popular.”

Falando sobre a temporada 2012, o ex-piloto destacou a imprevisibilidade das corridas e classificou este ano como o melhor da categoria.

“Estou amando. É o melhor momento da F-1, não há dúvidas. O fator tecnológico é bom, ainda é individual, os carros são diferentes – mas a performance é a mesma. É incrível. Não pode ser melhor que isso. É a temporada dos sonhos. Acho que ninguém conseguiria prever os três primeiros em cada corrida.”

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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