"Bate com o punho na mesa": ex-F1 analisa Vasseur, novo chefe da Ferrari
"Ele pode ser muito rigoroso e dizer: 'Ou você vai melhorar, ou vai ser substituído por outro'. Como chefe da Ferrari, você precisa disso"
Giedo van der Garde, que foi piloto da Fórmula 1 pela Caterham em 2013, elogiou a contratação de Fred Vasseur como novo chefe de equipe da Ferrari: em 2023, o francês substitui o italiano Mattia Binotto, que deixa o comando da escuderia após ficar à frente do time entre 2019 e 2022.
Segundo van der Garde, “ele (Vasseur) é um verdadeiro líder e será capaz de levar a Ferrari a novos patamares. Ele é alguém que pode bater com o punho na mesa e não gosta de besteira". Ainda de acordo com o holandês, o dirigente pode ser "duro", conforme afirmou ao Motorsport.com.
Sobre a saída de Binotto, van der Garde afirmou: “Acho que eles deram a ele uma escolha: 'Ou demitimos você, ou fazemos isso de uma maneira legal e você pede demissão'. De todo modo, estava claro que ele tinha que sair. Ele é um cara muito legal e construiu um carro muito bom, mas a Ferrari perdeu algumas vitórias este ano. E não importa como você olhe: ele foi o responsável por isso como chefe de equipe".
Quanto a Vasseur, o holandês explicou: “É um homem com experiência e alguém que sabe liderar uma equipe e ganhar campeonatos. Isso pode ainda não ter acontecido na F1, mas, em todas as outras categorias em que ele atuou, operou com sucesso”. O francês, aliás, teve conquistas importantes em campeonatos juniores de monopostos com a ART Grand Prix, antes de entrar na F1 em 2016 pela Renault.
Giedo van der Garde ao lado de Jos Verstappen
A propósito, van der Garde trabalhou com Vasseur em 2006 na Fórmula 3 Euroseries. Sobre suas próprias experiências com o francês, o piloto diz: “Ele sempre conta as coisas como elas verdadeiramente são. Não joga jogos políticos, é direto".
"Como piloto, às vezes é difícil o que ele diz para você, mas isso faz com que você faça melhor da próxima vez. Ele é sempre honesto. Na época, 'briguei' bastante com ele, mas sempre mantivemos contato e ele até se tornou meio que meu amigo. Tenho muito respeito pelo que ele conquistou e por como ele trabalha como chefe de equipe. Ele pode ser muito rigoroso e dizer: 'Ou você vai melhorar, ou vai ser substituído por outro'. Como chefe da Ferrari, você precisa disso."
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