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Carey: Equipes da F1 não precisarão aprovar mudanças no calendário afetado por Covid-19

Em comunicado divulgado nesta quinta, o CEO da F1 falou sobre os resultados da reunião feita com os chefes de equipe e o presidente da FIA

Chase Carey, Chairman, Formula 1

O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, afirmou que a categoria está "totalmente comprometida a iniciar a temporada 2020 o mais rápido possível" - e ele confirmou que as equipes não terão que aprovar formalmente as mudanças que serão necessárias para encaixar as etapas adiadas no calendário.

O calendário foi um dos principais assuntos em pauta na teleconferência feita hoje envolvendo Carey, Ross Brawn, todos os dez chefes de equipe e Jean Todt, presidente da FIA, onde foram discutidas as consequências da pandemia do Covid-19.

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Carey afirmou que não é necessária aprovação formal das equipes e isso dará à F1 e à FIA maior flexibilidade para a revisão do calendário. A outra decisão chave foi a de adiar a introdução do novo pacote técnico, passando de 2021 para 2022. Esta terá que passar pelo processo formal de aprovação.

Em um comunicado, Carey explicou o que foi acordado hoje: "Durante este período excepcional, devido ao adiamento de diversas etapas e a decisão unânime do Conselho Mundial do Esporte a Motor para adiantar as férias de verão da Fórmula 1 para março e abril, nós e a FIA discutimos com as equipes a necessidade de uma maior flexibilidade para acomodar o novo calendário logo que a situação do Covid-19 melhore".

"Na reunião, tivemos total apoio para os planos de realocar o maior número possível de etapas adiadas. A Fórmula 1 e a FIA vão trabalhar para finalizar um calendário revisado de 2020 e consultará as equipes, mas acordamos na reunião que o novo calendário não precisará de aprovação formal".

"Isso nos dará a flexibilidade necessária para revisar tudo com as organizações das corridas afetadas e assim estaremos prontos para começar a correr no momento certo".

Sobre o adiamento da introdução do pacote de 2021, ele acrescentou: "Devido ao atual cenário financeiro volátil criado pela situação, foi acordado com as equipes que eles utilizarão os chassis de 2020 em 2021, com o potencial congelamento de componentes como pauta de discussões futuras. A introdução e implementação do teto orçamentário será introduzido normalmente em 2021".

"Estamos muito felizes com as discussões positivas e a opinião unânime de todos os envolvidos de começar a correr em 2020 tão logo que a situação global permita. A Fórmula 1 continua comprometida a iniciar a temporada 2020 o mais rápido possível".

Veja como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos e Argentina também foram suspensas, com adiamento.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
A previsão é de que o campeonato comece com o GP do Azerbaijão, no dia 7 de junho. Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado.
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas. A F2 pode iniciar seu campeonato em Baku, enquanto que a F3 na Áustria, já em julho.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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