CEO da F1 segue contra a entrada de novas equipes e celebra momento da categoria: "Times rejeitam ofertas bilionárias"

Em entrevista ao podcast oficial da F1, Stefano Domenicali voltou a defender que, em sua visão, grid não precisa se expandir para além de 20 carros

Stefano Domenicali, CEO, Formula 1, on the grid with Saudi dignitaries

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

Em meio ao boom de popularidade da Fórmula 1, muitos fãs defendem que este é o momento ideal para que o grid se expanda novamente, crescendo para além dos 20 carros atuais. E apesar do interesse de potenciais novos times e da FIA, esse movimento encontra resistência das equipes atuais e do próprio CEO Stefano Domenicali, que voltou a se posicionar contra esse aumento.

Desde 2021 vemos uma movimentação pública de pelo menos uma potencial nova equipe, a Andretti. A marca americana, muito presente nos principais campeonatos do esporte a motor mundial, vem se dedicando ao projeto, apesar da recepção negativa das equipes e da própria categoria, que criticam Andretti por publicizar demais suas ações.

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Mas o anúncio da parceria da Andretti com a Cadillac, anunciada no começo de 2023, fez com que as equipes mudassem de opinião, devido à potencial entrada de uma nova montadora, uma gigante americana, mercado que é o foco atual da F1. Mesmo assim, a recepção de Domenicali à novidade foi bastante morno, ainda criticando publicamente as ações de Michael Andretti.

Em contrapartida, o presidente da FIA, Mohammed ben Sulayem, tem interesse pela expansão do grid e, em fevereiro, anunciou a abertura do edital para até duas vagas novas no grid da F1. No momento, as candidaturas estão sendo analisadas em sigilo, e a resposta final deve sair nas próximas semanas.

Em entrevista ao podcast oficial da F1, Beyond the Grid, Domenicali explicou porque, em sua visão, não há necessidade de mais equipes no grid.

"Sendo sinceros, se o valor da categoria é importante, real e estável para o futuro, dez equipes são mais do que suficientes para termos um espetáculo, para os negócios. Estamos fazendo uma avaliação junto à FIA sobre isso para vermos o que é melhor para o futuro. É algo que também estará nas discussões do Pacto de Concórdia de 2025, mas ainda estamos longe disso".

Apesar de ser contra, Domenicali não fecha completamente a porta às novas equipes, mas explica de onde vem o seu receio.

"No passado, tínhamos equipes que entravam e saíam sem valor algum. Agora, todas são estáveis, rentáveis e capazes de serem competitivas. Vamos discutir se vamos seguir com dez ou se precisamos de mais. Podemos conceder uma exceção a alguma escuderia que possa ser muito forte a longo prazo, mas, para mim, não gostaria de ter mais de 20 carros, mas é minha opinião pessoal".

O CEO destacou ainda a questão financeira, comparando o processo de venda de equipes no passado e hoje.

"Eu simplesmente quero ver as entradas certas, respeitando as que investiram na F1 no passado. Agora que o trem está andando rápido, todo mundo quer entrar. Mas, ao mesmo tempo, temos que ser minuciosos, tomando as decisões certas", continuou Domenicali, lembrando da taxa de entrada de 200 milhões de dólares para novas equipes, que ainda pode sofrer um aumento.

"Há alguns anos, falamos sobre o valor das equipes que querem entrar. No Pacto de Concórdia, incluímos uma taxa de 200 milhões, o que parecia intangível, porque no passado vimos equipes sendo vendidas por uma libra", lembrando o caso da compra da Brawn, hoje Mercedes.

"No entanto, hoje estamos vendo as equipes rejeitando ofertas de compra bilionárias. Você consegue imaginar isso? Isso mostra claramente onde estamos. Seguimos construindo uma base importante. Quando mais alguém cresce, melhor e mais forte será a plataforma de negócios em que trabalhamos".

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