Cinco coisas que estarão em jogo no GP da Grã-Bretanha de F1
A F1 realiza sua 10ª etapa em 2018 e encerra a “maratona” de três corridas em semanas seguidas. Veja pontos para ficar de olho na prova
A F1 se aproxima do fim da primeira metade de sua temporada de 2018 de forma intrigante. Sebastian Vettel e Lewis Hamilton vêm se alternando na liderança do campeonato, sendo que, em Silverstone, o alemão chega com um único ponto de vantagem.
Porém, a temporada tem outros pontos para se observar com atenção além da luta pelo título, já que também há novidades nas zonas de DRS, pneus e aspectos técnicos das equipes.
O Motorsport.com elenca cinco coisas que você deve ficar de olho no GP da Grã-Bretanha de 2018.
A desafiadora terceira zona de DRS
Max Verstappen, Red Bull Racing RB13
Photo by: Charles Coates / LAT Images
Vem virando tendência na temporada de 2018 a adoção de uma zona de DRS extra a fim de aumentar as possibilidades de ultrapassagem. Contudo, neste fim de semana, a situação ganha uma atenção especial, já que pode representar um desafio extra aos pilotos.
A zona extra em Silverstone terá início na reta de chegada e se estenderá até a saída da curva 1, uma tomada rápida feita à direita. É a primeira vez que oficialmente uma zona de DRS abrange uma curva propriamente dita.
Nos primeiros anos de asa móvel, entre 2011 e 2012, o uso era irrestrito pela pista durante os treinos, de modo que os pilotos contornavam o trecho de asa aberta. Desta vez, porém, o uso também é liberado durante a corrida – ou seja, fica em aberto a possibilidade de fazer a curva 1 com menos pressão aerodinâmica durante uma disputa por posição, o que também envolve a turbulência do carro da frente.
O ponto que fica em aberto é: como os pilotos lidarão com o desafio? Haverá erros adicionais na tentativa de fazer uma curva veloz com a asa traseira móvel ativada? E como isso influenciará na dinâmica da corrida?
A estreia de um novo composto
Pirelli tyres preparation area
Photo by: Mark Sutton / Sutton Images
Pela primeira vez na temporada (e sem previsão para isso se repetir), a F1 levará à pista seu pneu duro, demarcado em azul. A Pirelli está atenta às demandas do circuito de Silverstone e, por segurança, leva o composto mais duro utilizado até momento no ano.
Há alguns aspectos que devem ser observados. Em 2017, alguns pneus não resistiram às cargas aplicadas nas curvas de alta velocidade da pista, sendo que ambos os pilotos da Ferrari tiveram falhas sem aviso prévio durante a corrida.
Entretanto, o que se vê é que, no atual campeonato, os pneus vêm tendo um desgaste muito aquém do esperado. Não à toa, os pilotos levaram quantidades pequenas do pneu duro, então será que chegaremos a vê-los em ação em momentos decisivos?
E a disputa lá na frente?
Sebastian Vettel, Ferrari SF71H, battles Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W09
Photo by: Steven Tee / LAT Images
A Ferrari teve motivos para sorrir no GP da Áustria, mas ela não quer deixar sua guarda baixa na luta pelo título. Apesar de atualmente comandar as duas tabelas do campeonato, a equipe italiana ficou impressionada com o rendimento das Mercedes no Red Bull Ring, quando estreou um novo pacote de atualizações em seu carro.
Em tese, a Ferrari antevê um fim de semana complicado em Silverstone, mas nem por isso ela estará parada. O time usará um novo assoalho durante os treinos livres, que, se mostrarem os efeitos desejados, também serão usados no restante do fim de semana. Será que isso deixará a disputa ainda mais parelha?
Já a Mercedes, que viveu um susto na Áustria, tem de lidar com mais um ponto de interrogação. Silverstone será a terceira prova que contará com os pneus especiais da Pirelli, com um composto 0,4 mm mais fino do que o normal. A ideia é fazer com que os pneus evitem o superaquecimento em um asfalto novo.
Nas outras duas pistas em que isso aconteceu (Barcelona e Paul Ricard), Hamilton venceu de forma dominante. Isso vai se repetir?
Bottas vai conseguir espantar o azar?
Valtteri Bottas, Mercedes-AMG F1 W09 retires from the race
Photo by: Jerry Andre / Sutton Images
De fato a temporada não vem sendo nada fácil para Valtteri Bottas. Não que ele deixe a desejar ao volante – pelo contrário. O que ocorre é que há uma série de fatores que impedem que o finlandês tenha melhores resultados.
Em tese, Silvestone tende a ser uma pista competitiva para a Mercedes, o que é uma plataforma perfeita para que Bottas dê a volta por cima. Por outro lado, ele tem ao seu redor pilotos que estão diretamente envolvidos na luta pelo título, incluindo Hamilton, vencedor das últimas quatro edições do GP da Grã-Bretanha. Chegou a vez de Bottas?
McLaren e a crise escancarada
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL33
Photo by: Glenn Dunbar / LAT Images
A McLaren chega ao seu GP de casa enfrentando momento turbulento nos bastidores. Poucos dias antes do início das atividades, Eric Boullier deixou o cargo de diretor de competições do time, o que também resultou em uma reestruturação interna maior – incluindo a chegada de Gil de Ferran como diretor esportivo.
Toda a crise enfrentada pela equipe provocou uma reflexão mais profunda, sendo que Zak Brown, diretor executivo do time, reconheceu que o caminho até o retorno aos dias de glória é longo.
A mudança de comando tende a apresentar seus resultados (sejam eles positivos ou negativos) em longo prazo, mas mesmo assim vale observar como a McLaren lidará com a pressão em uma corrida tão importante como Silverstone.
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