Contra brechas no regulamento, Red Bull comemora "clareza" da FIA sobre motores para 2020
Christian Horner celebra “clareza absoluta” do que pode e do que não pode ser feito nas unidades de potência para temporada 2020
Após os pedidos de esclarecimento das regras pelas equipes, a FIA emitiu uma série de diretrizes técnicas no final da temporada passada, explicando o que os concorrentes tinham ou não tinham permissão de fazer em seus motores.
Em meio a uma intensa análise de como a Ferrari havia conseguido vantagem de potência durante a segunda metade da temporada, os rivais estavam de olho em possíveis brechas das regras que temiam estar sendo exploradas.
Embora a Ferrari nunca tenha feito nada contra as regras e insistia que os esclarecimentos não a obrigara a mudar nada em sua unidade de potência, as diretrizes da FIA foram bem-vindas pelas outras equipes.
E para a Red Bull, cujo parceiro de motores, Honda, está tentando recuperar seus melhores dias, o fato de agora haver clareza sobre o que é ou não é permitido é um grande impulso.
Falando ao Motorsport.com sobre a situação do motor, o chefe da equipe, Christian Horner, disse: "A unidade de potência do carro é uma peça incrivelmente complexa. E eu acho que a FIA não tem a experiência que as equipes têm em seu desenvolvimento.”
"Acho que o que foi esclarecido é um marco e o foco será no que vai ocorrer daqui para frente, em vez de olhar para trás.”
"E para nós, o que foi extremamente importante foi ter clareza absoluta para a temporada 2020.”
Perguntado se achava que áreas cinzentas nas regras haviam sido exploradas, Horner não foi direto: "Ficamos muito gratos pelo esclarecimento que veio. Isso é para o benefício de todos".
Uma das principais mudanças que a FIA fez como parte de seu processo de esclarecimento é que será obrigatório que um segundo sensor de fluxo de combustível seja instalado na temporada de 2020.
Isso ocorreu em meio à especulações de que algumas equipes haviam encontrado uma maneira de enganar os processos de medição do antigo sensor único para permitir um fluxo adicional de combustível que não pôde ser detectado.
Falando no final do ano passado, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, disse que sua equipe havia provado a legalidade de sua unidade de potência pela forma como passou em todas as verificações feitas pela FIA.
"Se eu olhar para toda a temporada, fomos uma das equipes mais analisadas, antes ou depois das diretrizes técnicas", afirmou.
"E quando você consegue uma vantagem de desempenho, e certamente a conquistamos durante toda a temporada, fomos os mais controlados".
"Ser analisado, eu acho normal, de alguma forma é bom porque, por meio disso, você está comprovando sua legalidade.”
"Caso contrário, se esse não fosse o caso, se houvesse alguma ilegalidade, seria divulgada logo no início."
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