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De evento 'infectado' a porta-voz da crise: entenda a atuação de Hamilton contra o coronavírus

Hexacampeão da Fórmula 1, piloto britânico da Mercedes tem sido ativo na divulgação de medidas preventivas ao Covid-19

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG Petronas F1, in the press conference

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Um dos pilotos da Fórmula 1 mais ativos no combate ao coronavírus, Lewis Hamilton esteve bem próximo do Covid-19. Recentemente, o piloto se encontrou com Sophie Trudeau, esposa do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, e o ator Idris Elba. Ambos contraíram o vírus. O primeiro caso confirmado foi o de Sophie. Logo após, Elba anunciou que também havia testado positivo e que poderia ter sido infectado no evento em Londres.

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"Difícil saber quando peguei a doença. Mas fui exposto a ela [Sophie]. Foi quando a pessoa com diagnóstico positivo teve contato comigo. Então, eu posso estar [com o Covid-19] desde dia 4, quando me expus", ponderou o ator, que é fã de automobilismo e já correu de F-E. Veja:

Idris Elba, Formula E
Idris Elba, Formula E
Idris Elba, Formula E
Idris Elba, Formula E
Idris Elba, Formula E
Idris Elba, Formula E
Jean-Eric Vergne, Techeetah, Idris Elba
Jean-Eric Vergne, Techeetah, Idris Elba
Idris Elba
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A ocasião é exatamente a mesma na qual Hamilton se encontrou com Elba e Sophie (veja no tweet abaixo). Entretanto, o britânico da Mercedes já foi testado e não tem sinal de coronavírus. De todo modo, o hexacampeão parece ter sido impactado pelos fatos. 

 

Antes do cancelamento do GP da Austrália, que abriria a temporada da F1 no último domingo, Hamilton disse que estava "chocado" com o fato de a categoria ter ido adiante com a prova em meio ao surto do Covid-19.

A manifestação do britânico veio após a confirmação de que a NBA, principal campeonato de basquete do mundo, havia paralisado as atividades em precaução ao coronavírus após a infecção de Rudy Gobert, pivô do Utah Jazz que zombara da doença.

Pouco depois da fala do hexacampeão, a McLaren confirmou que um de seus funcionários havia contraído o Covid-19 e decidiu não participar da corrida de Melbourne. No fim, a prova foi cancelada, o que foi visto como a decisão correta, embora tardia, por Hamilton.

Mas a preocupação e o ativismo do britânico não pararam por aí. Mesmo depois de deixar a Austrália e de a F1 ter confirmado os adiamentos dos GPs de Bahrein e Vietnã, o piloto da Mercedes seguiu promovendo a conscientização sobre os perigos do coronavírus.

Nas redes sociais, o hexacampeão voltou a mostrar que é um porta-voz do combate ao Covid-19 e fez um vídeo sobre como se prevenir do vírus: "Lavar as mãos é a coisa mais importante que você pode fazer para proteger você mesmo e os outros contra o coronavírus". Assista:

 

Covid iguala acidente e bate guerra como fator mais impactante em um ano da F1

1952 - No ano do primeiro título de Ascari, o primeiro cancelamento
O primeiro cancelamento de um GP no mundial de Fórmula 1 aconteceu no seu terceiro ano, em 1952. O GP da Espanha deveria ser a nona e última etapa do campeonato, no circuito de Pedralbes, mas acabou cancelado por questões financeiras. A situação se repetiu novamente em 1953, até que a etapa conseguiu integrar o calendário em 1954
1955 - Os impactos do acidente nas 24 Horas de Le Mans
Em 1955, um desastre marcou a história do automobilismo mundial. Nas 24 Horas de Le Mans, uma batida envolvendo o piloto da Mercedes Pierre Levegh matou 83 espectadores e feriu outros 180. A repercussão do acidente foi tamanha que afetou o calendário da F1, com as etapas da França, Alemanha, Suíça e Espanha canceladas. Na Suíça, as consequências foram ainda maiores, com o esporte a motor sendo banido do país pelas autoridades, algo que foi revertido apenas em 2018, com uma etapa da Fórmula E em Zurique
1956 e 1957 - As consequências da Guerra de Suez
Em 1956, o mundo acompanhou o conflito armado que ficou conhecido como "Guerra de Suez", entre Israel e Egito. Com isso, o preço dos combustíveis subiu muito e as etapas da Espanha e da Holanda se tornaram inviáveis para as equipes, sendo canceladas. No ano seguinte, o conflito continuou afetando o calendário da Fórmula 1 e outras três provas tiveram que ser canceladas: além da Espanha e Holanda novamente, a etapa da Bélgica precisou ser removida da temporada pelo mesmo problema
1960 - Pela segurança dos pilotos
Naquele ano, a etapa da Alemanha seria realizada no circuito de rua de AVUS, em Berlim. Mas devido às reclamações dos pilotos sobre os perigos da pista, especialmente as curvas, que chegavam a ter uma inclinação de 40 graus, a prova foi cancelada.
1969 - Cancelamento por boicote
Em 1969, o GP da Bélgica foi cancelado devido ao boicote de parte dos pilotos, que exigiam mudanças para deixar a pista mais segura. O boicote veio após uma inspeção do circuito por Jackie Stewart, que, naquela época, era o piloto mais envolvido do grid no debate sobre segurança. Como os donos do circuito de Spa não cederam aos pedidos dos pilotos, a prova acabou cancelada. A etapa belga passou pela mesma situação dois anos depois, em 1971, e, depois disso, ficou de fora do calendário da Fórmula 1 até 1983, quando a pista foi reformada e encurtada.
1972 - Cancelamentos na América do Norte
Em 1972, a F1 já tentava realizar duas etapas nos Estados Unidos, assim como a Liberty tenta atualmente. Mas o projeto do GP do Oeste dos Estados Unidos, na Califórnia, não foi concretizado. Outro GP cancelado naquele ano foi o do México. Após a morte de Pedro Rodríguez, piloto que era ídolo nacional, no ano anterior, o interesse dos mexicanos pela prova caiu consideravelmente e a etapa foi cancelada.
1981 - Efeitos da Guerra FISA-FOCA
No final dos anos 70 e início dos anos 80, a Fórmula 1 se viu dividida em uma disputa entre a Federação Internacional do Esporte Automobilístico (FISA) e a Associação de Construtores da Fórmula 1 (FOCA), que levou a uma situação curiosa. No GP da África do Sul de 1981, vários pilotos boicotaram a prova devido ao embate entre as instituições. O medo de que isso se repetisse na Argentina afugentou os patrocinadores, levando ao cancelamento da prova.
1983 - No ano do bi de Piquet, uma tentativa de realizar um GP em Nova York
Na temporada de 1983, a Fórmula 1 tentou organizar uma etapa em Nova York, em um circuito de rua que seria montado no bairro do Queens, mas o projeto não conseguiu ser concretizado pela categoria, nem nos dois anos seguintes. Se tivesse sido realizada, a prova em Nova York seria a terceira em território americano no mesmo ano, junto com Long Beach e Detroit
1985 - Adiamento na Bélgica
Na temporada de 1985, o GP da Bélgica seria realizado originalmente em 02 de junho, mas após problemas com o novo asfalto do circuito, a prova precisou ser adiada, acontecendo três meses mais tarde, em 15 de setembro.
1987 - Canadá cancelado por ter muitos patrocinadores em potencial
Uma das histórias mais curiosas de cancelamentos de etapas da Fórmula 1 vem do GP do Canadá de 1987. Naquele ano, a etapa foi cancelada porque os organizadores não conseguiram resolver um problema inusitado: duas cervejarias locais, Labatt e Molson, queriam ser as patrocinadoras master do evento, mas não foi possível chegar a um acordo e a prova foi cancelada.
1995 - Efeitos do terremoto na cidade de Kobe
A etapa do Pacífico, que seria realizada no circuito de Okayama, em 16 de abril, precisou ser remarcada após o terremoto próximo à cidade de Kobe em janeiro, matando mais de 6 mil pessoas. A prova foi transferida para 22 de outubro
2003 - Cancelamento devido à guerra contra o tabagismo
O GP da Bélgica de 2003 foi cancelado devido à nova lei aprovada no país contra o tabagismo. Como muitas equipes do grid tinham patrocínio de marcas de cigarros, a etapa acabou sendo retirada do calendário. A situação foi resolvida e a F1 voltou a correr em Spa já no ano seguinte
2011 - O cancelamento mais recente
Em 2011, o GP do Bahrein estava marcado para ser a prova inaugural do campeonato, mas a etapa foi inicialmente adiada devido a protestos contra o governo do país. Foi sugerido uma mudança no calendário, para a corrida do Bahrein ser realizada em 30 de outubro com o GP da Índia fechando o ano em dezembro, mas as equipes recusaram e a prova no país do oriente médio acabou cancelada naquele ano
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