Diretor da Pirelli vê pneus como “parte do pacote” para as ultrapassagens
Hembery faz um balanço positivo das três primeiras provas e espera a chuva “numa daquelas circunstâncias menos prováveis”
Mesmo sem Safety Car ou chuva, a Fórmula 1 teve emoção de sobra nestas três primeiras provas da temporada, especialmente no GP da China. A temporada de 2011 começou com 29 ultrapassagens em Melbourne, onde a média em corridas no seco é de 16,3. Na Malásia, foram 56 manobras, o recorde do circuito, que estreou em 1999 – a maior quantidade até então havia acontecido no GP de 2001, com 44 trocas de posição na pista, debaixo de chuva. E, na China, novamente a categoria superou suas marcas anteriores: 85 ultrapassagens, contra 83 contabilizadas ano passado, também com condições climáticas variadas e a intervenção do carro de segurança.
Não há dúvidas de que a falta de durabilidade dos novos pneus Pirelli tem uma boa fatia de “culpa” por estes números. Contudo, o diretor esportivo da marca italiana, Paul Hembery, faz questão de dividir as glórias.
“Os pneus são parte do pacote trazido neste ano para aumentar o número de ultrapassagens, junto do Kers e da asa traseira móvel. Nós adicionamos o ingrediente das mudanças de estratégias. Colocando os três fatores juntos, certamente tivemos um grande início de temporada. Acredito que o público esteja gostando”, afirmou ao TotalRace.
E isso, sem que os ingredientes principais da emoção nos últimos anos tenham dado as caras. O que mais surpreende é a falta de chuva, figura fácil especialmente na China, onde metade das oito provas disputadas até hoje contaram com piso molhado.
“É incrível . Normalmente, é de se esperar que haja chuva em algum desses três primeiros eventos, mas não tivemos. Provavelmente ela vai chegar numa daquelas circunstâncias menos prováveis”, aposta Hembery.
O homem forte da Pirelli garante que tudo segue como o planejado, mas garante que ainda há o que melhorar.
“A equipe está trabalhando bem. Obviamente ainda estamos melhorando o lado operacional, porque é uma parte muito difícil. Temos um time grande trabalhando aqui, com 50 pessoas.”
Os pneus, entretanto, continuarão se desgastando. E muito provavelmente veremos outros recordes de ultrapassagens caindo no decorrer do ano. O da próxima etapa em Istambul Park, por exemplo, é de 29, batido no ano passado.
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