Domenicali e chefes de equipe alegam que F1 deve respeitar regras da superlicença em relação a Herta

Há um entendimento geral de que as normas existem para serem cumpridas e que o fato do piloto da Indy ser norte-americano não pode lhe atribuir exceções

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Foto de: Gavin Baker / Motorsport Images

O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, e os chefes de equipe da categoria, acreditam que o esporte deve respeitar o sistema de pontos da superlicença e não conceder uma exceção ao piloto da Indy, Colton Herta.

Herta está sendo ligado a Red Bull como possível substituto para Pierre Gasly, caso a ida do francês à Alpine realmente aconteça. No entanto, o piloto da Indy só possuí 32 dos 40 ponto necessários para obter a superlicença, a menos que a FIA use de forças maiores para lhe garantir uma. O corpo diretivo está olhando o caso.

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Falando ao Motorsport.com, Helmut Marko disse que a empresa está confiante que Herta irá conseguir a licença se um acordo para que pilote for adiante.

"Eu acho que podemos provar que ele é elegível para isso", ele disse. "Vamos ver. Ainda não está feito, o acordo, mas nós vamos tentar. Nós somos a Red Bull e somos corajosos e acreditamos que teremos sucesso com ele."

No entanto, as outras equipes estão cautelosas em relação as regras serem dispensadas para ajudar Herta, com Fred Vasseur, da Alfa Romeo e Gunther Steiner, das Haas, entre os que deixaram suas posições sobre isso bem claras.

"Do meu ponto de vista, não tem nada a ver com força maior", disse o chefe da Alfa Romeo. "Você tem que ter em mente que quando tomamos a decisão sobre a superlicença e os pontos, foi para proteger a F1 e os pilotos, para evitar ter 10 pilotos chegando na F1 com grandes orçamentos e sem resultados no passado, e levar 50 % do grid."

"Acho que temos regras e regulamentos que precisamos respeitar. Se não respeitarmos nossas próprias regras e tentarmos encontrar maneiras de contornar isso, não acho que seja correto", analisou Steiner.

O dhefe da Mercedes, Toto Wolff, também apoiou Vasseur e Steiner ao enfatizar que as regras devem ser respeitadas.

“Seria ótimo ter um americano na F1”, disse ele quando perguntado pelo Motorsport.com sobre o caso Herta. “E obviamente nos daria um bom impulso nos EUA. Mas acho que o sistema de pontos existe por um motivo.

“Não queremos criar um sistema onde você tente escolher séries que tenham a menor resistência, onde a capacidade de pontuação seja a maior. Acho que o escalão F4/F3/F2 é algo que funciona para a Europa.

“Talvez você precise olhar para a IndyCar, o que isso pode significar, ou a Super Fórmula, que marca os pontos certos. 

“Mas os regulamentos são os regulamentos, e eu realmente espero que os americanos possam de alguma forma marcar pontos suficientes para chegar à F1.”

Mais significativamente, Domenicali apoiou o lado deles, embora a organização da Fórmula 1 não tenha voz no processo de superlicença.

"O esporte precisa respeitar as regras", disse ele ao Motorsport.com. "E, claro, pilotos americanos ou outros pilotos são muito importantes. Se ele é elegível para entrar na F1 porque tem pontos, é uma notícia fantástica. 

"Mas há uma escada a seguir, há um protocolo a respeitar e essa é a situação. Então é realmente o que eu acredito que é certo fazer.”

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Photo by: Gavin Baker / Motorsport Images

Em relação aos pedidos de mudança na ponderação de pontos para a Indy, Domenicali disse: “Não acho certo mudar algo retrospectivamente, acho que é a coisa certa a fazer para aplicar as regras.

“E se houver algum ponto a ser discutido, se houver necessidade de atualização das regras, existe o fórum certo para que todos possam trazer ideias ou pontos para discussão. 

"Mas hoje, a regra é que se deve ser respeitada. Essa é a minha opinião".

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