Do quarto lugar em 2013, para o oitavo na primeira metade da atual temporada. A queda da Lotus, entretanto, não é apenas técnica, dentro das pistas. Nesta terça-feira, a ‘Forbes’ emitiu um estudo no qual estampou um recorde negativo para a escuderia: a perda de 107,9 milhões de dólares (R$ 242,6 milhões) em apenas um ano.
Segundo a conceituada revista, este número representa o maior déficit de uma equipe de automobilismo no período. Os mais de R$ 240 milhões refletem também na pista, já que em 2014, a escuderia soma apenas dois oitavos lugares com Romain Grosjean, na Espanha e em Mônaco.
O estudo aponta que a enorme quantia deve-se, em boa parte, ao pagamento de juros sobre empréstimos adquiridos. Desde 2013, a Lotus aumentou esta dívida de US$ 1 milhão para US$ 22,6 milhões.
A Lotus atualmente é controlada pela Genii Capital, empresa privada fundada por Gérard López, um dos primeiros investidores do Skype. Em entrevista, o dirigente aponta apenas uma solução para os problemas financeiros: patrocinadores.
“A empresa tem-se debatido para trazer novos parceiros a fim de apoiar o nosso desenvolvimento. É notável a discussão para fecharmos um patrocínio a longo prazo”, declarou.
O discurso, entretanto, contradiz uma recente entrevista de López, que afirmava ‘apoiar a Lotus com a dívida, não com patrocínios como os outros grandes times’. A postura reflete nas demonstrações financeiras de empréstimos totais, que alcançaram US$ 207,4 milhões.
O maior investimento e o sucesso de 2013, contudo, cobraram o preço neste ano, o que já reflete no corte de gastos da escuderia. “A empresa está antecipando a economia de custos em 2014, depois de passarmos por uma reestruturação organizacional em fevereiro”, concluiu.