F1 discute limite de três motores para temporada 2018
As fabricantes concordaram com a ideia de limitar cada carro a três motores por temporada a partir de 2018 como uma das medidas para reduzir os custos; ideia ainda precisa passar pelo Grupo de Estratégia da Fórmula 1 e ser oficializada para então entrar em vigor
Antes da reunião entre as equipes marcadas para o final de abril, em que o tópico serão as unidades de potência, as fabricantes da Fórmula 1 chegaram a um consenso para reduzir os custos: diminuir o número de motores para cada piloto dos quatro atuais para três a partir de 2018.
De acordo com fontes ouvidas pelo Motorsport.com, os cálculos iniciais indicaram que o corte de uma unidade de potência por temporada deve permitir que as fornecedoras reduzam o valor cobrado para vender motores às equipes independentes, chegando aos 12 milhões de euros por ano, que era a meta originalmente proposta pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Reunião no Grupo de Estratégia
Apesar do consenso entre as fabricantes, a ideia precisa ser aprovada na reunião do Grupo de Estratégia e da Comissão da F1, no final deste mês, para então ser oficializada por todas as partes envolvidas.
“Em relação aos motores, estamos bem adiantados. Temos um acordo que precisa ser ratificado pelos acionistas, mas há uma série de benefícios para a maioria das equipes, então espero que isso seja aprovado", disse Toto Wolff, chefe da Mercedes.
Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, ressaltou que os custos das unidades de potência estão estabilizados e confirmar a continuidade das regras atuais em relação a este quesito ajudará na diminuição dos valores gastos neste campo.
"Podemos dizer que temos uma situação estável no momento. O próximo passo é reduzir os custos - o que é possível, desde que não criemos um novo regulamento de motores a cada ano", afirmou.
Red Bull se opõe
Embora as fabricantes tenham concordado com a redução do número de motores por temporada, nem todos estão convencidos de que este é o melhor caminho. A Red Bull, que foi a favor da ideia do motor alternativo que surgiu no ano passado, não vê evidência de que tais mudanças farão com que os valores cheguem ao número proposto originalmente pela FIA.
“Pelo que me consta, Jean Todt estabeleceu quatro critérios que as fabricantes deveriam atender: redução dos custos para as equipes clientes para 12 milhões de euros por ano, disponibilidade de motores para todas as equipes, redução das diferenças de desempenho entre uma fabricante e outra e aumento do som. Nenhum deles foi alcançado até agora", disse Christian Horner, chefe da Red Bull.
“Acredito, então, que teremos uma discussão interessante no próximo encontro do Grupo de Estratégia e da Comissão da F1 para ver quais serão os próximos passos da FIA e dos promotores. Eles precisam decidir o que querem, pois deixaram bem claro quais seriam as condições para que a proposta de motor alternativo fosse descartada", afirmou.
“Se as unidades não estão disponíveis, se os preços não caírem, se a equalização não acontecer e o fornecimento não for irrestrito, então os critérios não terão sido atendidos."
Horner, por fim, foi questionado sobre a possibilidade de o conceito de motor alternativo volta à mesa de discussões. "Sim, acredito que isso é possível. Pois de que outra maneira você atenderá ao requisitos exigidos pela FIA?", disse.
“Ainda temos um problema aqui. As corridas têm sido boas no momento, mas ainda temos questões importantes para resolver - algo que requer atenção e não pode ser resolvido em uma semana", completou.
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