F1: Haas deve revisar acordo com patrocinadora russa e deixa futuro de Mazepin no ar
Gunther Steiner deu sua primeira coletiva desde o início da invasão russa na Ucrânia, após ter seu nome removido da sessão realizada na sexta-feira
A Haas confirmou nesta manhã que deve trabalhar no futuro do acordo com sua patrocinadora máster na Fórmula 1, a empresa russa de fertilizantes Uralkali, na próxima semana após remover as referências à marca e a bandeira russa do carro para o último dia de pré-temporada em Barcelona. E o chefe da equipe, Gunther Steiner, também deixou no ar a situação de seu piloto, Nikita Mazepin.
Devido à invasão russa à Ucrânia, a Haas anunciou na quinta que faria o último dia de testes em Barcelona sem as cores da bandeira russa e a referência à Uralkali, utilizando uma pintura branca. Isso deixou no ar o futuro do acordo e do piloto Mazepin.
Na sexta, o chefe Gunther Steiner fez sua primeira aparição pública desde o anúncio, explicando que analisaria as implicações legais na próxima semana.
"Fizemos a remoção ontem, temos que lidar com as questões legais na próxima semana, o que não posso falar", disse. "No momento, disse que não faríamos isso hoje. Tomamos a decisão ontem com nossos parceiros. É isso o que faremos. Trabalharei no resto na próxima semana".
Na quinta, tropas russas iniciaram um grande ataque à Ucrânia após meses de tensões crescentes. O início de uma guerra também deixou grandes dúvidas sobre o futuro do GP da Rússia, com uma reunião de emergência feita pela F1 ontem em Barcelona. Novas informações sobre o destino da etapa são esperadas logo, mas pilotos e equipes já indicaram a inviabilidade de sua realização.
A final da Champions League, marcada para maio em São Petersburgo já foi mudada para Paris.
Steiner disse que a decisão pela remoção do patrocínio da Uralkali e as cores da bandeira russa tiveram apoio total do dono da equipe, Gene Haas, sendo "a decisão correta a ser tomada".
"Isso não atrapalha o lado da competição, em nada".
Nikita Mazepin, Haas VF-22, leaves the garage
Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images
"Precisamos lidar apenas com as questões comerciais. Como eu disse antes, faremos isso nas próximas semanas".
Questionado pelo Motorsport.com sobre o quanto isso seria uma dor de cabeça financeira para a equipe ao potencialmente perder seu patrocinador máster, Steiner afirmou que "financeiramente, estamos bem".
"Isso não impactaria a equipe, como estamos trabalhando, como planejamos essa temporada. Há mais maneiras de adquirir financiamento. Não há problemas nessa área".
A Uralkali tem como um de seus donos o pai de Mazepin, Dmitry, que apoiou a carreira do piloto até aqui. Steiner reconheceu também que o futuro de Nikita com a equipe "precisa ser resolvido", já que há fatores maiores em jogo.
"Nem tudo depende de nós aqui, sobre o que está acontecendo. Há governos envolvidos e não tenho poder nenhum nisso. Precisamos ver também a situação, como isso se desenvolve com a Ucrânia".
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