F1: Leclerc justifica 'gritos' com engenheiro no GP da Hungria
"Obviamente, meu tom de voz é bastante alto porque preciso me fazer ouvir"
Após alimentar boa expectativa para o GP da Hungria de Fórmula 1, o piloto monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, terminou só em sétimo neste domingo em Hungaroring e culpou problemas de rádio por dificultarem sua vida nas prova disputada em Mogyorod, nas cercanias de Budapeste.
Segundo Leclerc, foi justamente por causa das tais falhas que ele usou um tom de urgência ao se comunicar com seu engenheiro. Charles foi ouvido durante a corrida questionando o momento de uma comunicação relativa à estratégia, mas minimizou a emoção que parecia estar ligada à sua fala.
"O problema é que também temos muitos problemas com o rádio", disse ele. "E uma em cada quatro palavras não foi compreendida pelo meu engenheiro, porque houve problemas com nossos rádios em três, quatro corridas."
"Então, precisamos consertar isso. E, obviamente, meu tom de voz é bastante alto porque preciso me fazer ouvir. Mas eu só queria ter certeza de que eles não me entenderam mal, e que eu quero que sejam agressivos cedo, e não agressivos tarde. Então, foi só uma questão de esclarecimento por causa dos nossos problemas de rádio", seguiu Leclerc, que também teve uma punição por exceder o limite de velocidade no pitlane.
Charles Leclerc, Scuderia Ferrari
Foto de: Michael Potts / Motorsport Images
Leclerc admitiu que foi uma tarde "difícil" e "frustrante" em Hungaroring, pois sua sequência de GPs decepcionantes continuou. "Tivemos uma penalidade de cinco segundos por excesso de velocidade, então, sim, é novamente um fim de semana difícil", afirmou.
"Mas, no final, isso faz parte do jogo. E agora cabe a nós dar um passo à frente, como fez a McLaren. Agora, estamos atrás. E isso vem sendo confirmado nos últimos três finais de semana. Portanto, há muito trabalho a ser feito novamente. Honestamente, sinto que o resultado foi muito pior do que parecia, o primeiro stint foi muito bom, mas depois, com a parada lenta, ficamos realmente atrás, atrás de Lance [Stroll, canadense da Aston Martin]."
"Tive de forçar muito, depois estávamos com Carlos [Sainz, companheiro espanhol de Leclerc], e perdemos um pouco de tempo ali. Depois, no terceiro stint, forcei novamente e, mais uma vez, o carro estava muito bom. Então, sim, acho que o resultado parece pior do que realmente é. Mas está claro que, em comparação com Lando [Norris, britânico da McLaren], especialmente, ainda estamos atrás."
Leclerc disse que não houve repetição da degradação dos pneus, que foi um ponto fraco da Ferrari no início da temporada. "Considerando o quanto estávamos pressionando, não acho que tenha sido tão ruim", disse ele.
"Mas não quero comentar muito sobre isso. Porque, para ser honesto, no carro, você só tem a sua própria 'imagem'. Pude ver que, com Lewis [Hamilton, britânico da Mercedes] na frente no primeiro stint, senti que estávamos fazendo um trabalho muito bom no gerenciamento. No terceiro stint, com Oscar [Piastri, australiano da McLaren], parecia que eu estava fazendo um bom trabalho com o gerenciamento. Mas, não sei o que os outros três pilotos da frente estavam fazendo", completou ele.
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