F1 não está tão ruim como muitas pessoas acham, diz Heidfeld
Para ex-piloto da categoria, há exagero nas críticas recentes à falta de competitividade
Piloto da categoria por 12 anos, o alemão Nick Heidfeld acredita que a Fórmula 1 não está tão ruim como muitos observadores sugerem.
A Fórmula 1 foi cercada por negatividade desde o advento da era V6 turbo em 2014, com queixas que vão desde a falta de som do motor à dominância única e má qualidade das corridas.
Embora Heidfeld, que subiu 13 vezes ao pódio em sua carreira na F1, sente que existem áreas a serem trabalhadas, ele calcula que o esporte está em uma forma melhor do que muitos enxergam.
"Primeiro de tudo, acho que a Fórmula 1 precisa sair desta espiral negativa que ela está e que, para mim, não está lá pela razão certa", disse Heidfeld em uma entrevista exclusiva ao Motorsport.com.
"Claro, você sempre pode melhorar as coisas, mas F1 não é tão ruim quanto algumas pessoas tentam fazer parecer. Ela ainda tem carros fantásticos com pilotos fantásticos e boas corridas".
O alemão destacou a história do esporte, apontando que a F1 passou por muitas fases de domínio por uma equipe particular, e que a atual hegemonia do Mercedes não é diferente.
"Desde que a F1 começou, sempre houve equipes dominantes. E você sempre tenta fazer as coisas interessantes, colocando os carros juntos, '' disse.
"Então, você sempre terá uma equipe que é melhor que os outras."
Dito isto, Heidfeld acredita que o controverso sistema DRS torna as ultrapassagens muito simples e artificiais.
"Para mim, o que faz falta é o som, e também que a ultrapassagem é muito artificial com o DRS '', explicou.
"Pelo menos temos algumas ultrapassagens, mas às vezes você tem um carro ultrapassando o outro em uma linha reta e até mesmo indo para trás em linha na frente do outro".
"Isso deve acontecer apenas na última parte do circuito, deslizando e depois é só ultrapassagens. Isto é o que está faltando um pouco, na minha opinião. "
Mais aderência
Alinhado com a opinião de seu companheiro de Mahindra na Fórmula E, Bruno Senna, Heidfeld pensa que a F1 deve dar prioridade à aderência mecânica, de modo a tornar mais fácil para os pilotos seguirem um ao outro.
"Eu acho que (aderência mecânica) será sempre uma ajuda para a corrida. Especialmente se a aderência aerodinâmica é perdida quando você segue um outro carro no ar sujo".
"Então, ter aderência mecânica e maior aderência dos pneus é o caminho certo a seguir".
"Ela também aumenta a segurança, especialmente a aderência dos pneus. Se em um carro onde você gera mais aderência aerodinâmica você girar e ir para um lado e para trás, você perde tudo isso".
"Se você tem pneus grandes, grande aderência dos pneus, é mais seguro e melhor para a corrida."
Lamentações sobre a carreira
Embora Heidfeld fosse uma figura respeitada nos paddocks durante sua longa carreira na Fórmula 1, o alemão lamentou sua incapacidade de alcançar o tipo de resultados que tinha conseguido em sua carreira pré-F1.
"Não foi plenamente satisfatória, '' disse ele." Foi ótimo ter a chance de estar na F1 por tanto tempo".
"Eu aproveitei muito o meu tempo. Foi muito bom pilotar esses carros e trabalhar com as equipes".
"Mas, como um atleta você quer ganhar. O meu objetivo quando vim para a Fórmula 1 era para ganhar o campeonato, mas no final eu não tive sequer uma vitória".
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