F1 - "Pior dia da minha vida": Massa relembra acidente fatal de Bianchi, que completa 10 anos

"Foi a pior mensagem que eu poderia receber sobre um amigo", afirmou o piloto brasileiro em entrevista exclusiva ao Motorsport.com; confira

Há exatos 10 anos, o esporte a motor temia por Jules Bianchi, piloto de F1 que sofreu graves ferimentos após batida contra um veículo de resgate que estava na pista de Suzuka durante o GP do Japão -- o francês morreria em julho de 2015. "Pior dia da minha vida", relembra Felipe Massa sobre aquela corrida.

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com durante etapa da Stock Car Pro Series em Buenos Aires, o brasileiro, que era amigo do promissor Bianchi - membro da academia da Ferrari, marca defendida pelo paulistano de 2006 a 2013 na F1 -, contou sobre como foram as horas seguintes ao incidente de Jules.

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"Não me lembro de nada do meu acidente (na Hungria em 2009), mas o acidente de Jules... Primeiro, lembro-me de quando soubemos do acidente, fui imediatamente ao hospital. Quando estava no hospital, de repente veio a mensagem de que ele estava morto. E foi a pior mensagem que eu poderia receber sobre um amigo. Naquela época, Nicolas Todt (filho do ex-chefe ferrarista Jean Todt), que era seu empresário e meu empresário também, começou a chorar. Eu estava chorando também", disse Massa.

"Nós nos abraçamos, foi tão ruim. Lembro-me de que foi uma sensação terrível. Depois de alguns minutos, veio a mensagem de que não era verdade [a morte], estava errado. Eu esperava que a segunda mensagem fosse verdade. E nove meses depois... Fui ao hospital algumas vezes e você podia entender. Mesmo que ele não estivesse acordado, quando você vê, você tem a sensação de que talvez algo não esteja certo, sabe. E então a mensagem veio... Eu me lembro do funeral", seguiu o piloto do Brasil.

Equipe de segurança trabalha após o acidente de Jules Bianchi, Marussia F1 Team

Equipe de segurança trabalha após o acidente de Jules Bianchi, Marussia F1 Team

Foto de: WRI2

"De qualquer forma, o pior dia da minha vida no automobilismo foi naquele dia em que eu estava no hospital há 10 anos. Acho que a F1 mudou muitas coisas depois de acidentes muito sérios, como o do Ayrton [Senna]. Às vezes,  infelizmente alguns acidentes 'ajudam' [a melhorar a segurança do esporte]. É um sentimento difícil e muito ruim. Mas, com certeza, o meu acidente, depois o acidente de Jules, tudo ajudou também para a introdução do halo, o que foi uma coisa muito importante", ponderou Felipe.

"O halo já salvou algumas vidas. [Romain] Grosjean (no Bahrein, em 2020), talvez até Lewis [Hamilton] no acidente com Max [Verstappen] (em Monza, 2021), até mesmo outros acidentes que aconteceram também na F2 e em diferentes categorias. Definitivamente, o halo salvou algumas vidas", completou ele.

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