F1 quer R$34 milhões do governo caso GP do Canadá aconteça com portões fechados
Categoria quer evitar perdas financeiras que teria com uma corrida sem receita vinda da venda de ingressos

A organização do GP do Canadá está fazendo de tudo para que a prova não seja removida do calendário de 2021, mas o momento que o país vive com a pandemia faz com que a possibilidade de fazer um evento com portões fechado seja fortemente considerado, o que a Fórmula 1 é contra. Por isso, a categoria pediu uma vultosa compensação caso o GP aconteça sem a presença de fãs: R$34 milhões.
Segundo publicado no último final de semana pelo jornal La Presse, a F1 pediu esse valor para cobrir as despesas da organização local com a prova, que geralmente são cobertas pela receita gerada pela venda de ingressos.
E o governo de Montreal, do país, e a organização do evento têm pouco tempo em mãos para garantir a viabilização do evento. Em carta enviada ao governo na semana passada, a F1 pediu uma resposta até 12 de abril sobre a verba.
Segundo informado pelo La Presse, os três governos (Ottawa, Québec e Montreal) já desembolsariam mais de R$140 milhões pela realização do GP em 2021, que incluem os royalites e toda a preparação do evento, como as obras de construção do Circuito Gilles Villeneuve e toda a operação necessária nos dias do GP.
Esses R$34 milhões seriam uma compensação adicional ao valor já orçado anteriormente. Assim, a F1 não assumiria nenhuma perda de receita ligada à pandemia.
A prefeita de Montreal, Valérie Plante, disse que a cidade está pronta para o evento e espera que uma solução seja encontrada.
"A cidade está pronta para receber o evento e queremos que Montreal esteja no calendário. Reiteramos nosso apelo aos níveis mais altos do governo para que encontrem soluções que permitirão que o GP seja realizado em Montreal".
"Devemos unir nossos esforços. No entanto, enquanto se aguarda uma resposta das autoridades de saúde, é prematuro discutir sobre royalties".
Além do imbróglio financeiro, outra questão tem gerado dor de cabeça para a organização do evento. Atualmente, o governo do Canadá exige que qualquer pessoa que entre no país passe por uma quarentena de 14 dias, o que causaria um grande impacto para a F1, que correria apenas sete dias antes em Baku.
No momento, a F1 e a organização do evento buscam algum tipo de isenção que pudesse viabilizar o evento sem modificações ao calendário da temporada 2021.
Mesmo com a situação ainda indefinida, a F1 já busca opções para preencher a vaga que seria deixada pelo Canadá caso a etapa seja cancelada. E um GP que retornou ao calendário no ano passado surge como a alternativa mais viável.
Istambul pode voltar a receber a F1 ainda no primeiro semestre, ocupando a data deixada pelo Canadá, logo após o GP do Azerbaijão, no começo de junho. A proximidade entre os dois países (separados pela Armênia), ajudaria a categoria em termos logísticos, já que a prova em Montreal seria realizada apenas uma semana depois de Baku.
Independente da situação para a etapa deste ano, a F1 possui um contrato de longo prazo com o governo do Canadá para a manutenção do GP pelo menos até 2029.
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