F1: Red Bull diz que acordo com Porsche para 2026 ainda não está finalizado

Chefe do time austríaco diz não ter pressa porque processo de criação da Red Bull Powertrains está consolidado

Porsche logo

Foto de: James Holland

Após o anúncio de entrada da Audi na Fórmula 1 em 2026, todos aguardam a oficialização do acordo entre Red Bull e Porsche. Mas segundo Christian Horner, ainda não há uma decisão concreta sobre essa parceria no programa de motores.

Horner deixou claro que a Red Bull não precisa da Porsche para financiar seu projeto e, caso o acordo não siga adiante, o novo motor pode simplesmente usar o nome da marca de bebidas energéticas, ou que até mesmo haveriam outras montadoras interessadas.

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O britânico ainda minimizou sugestões de que a Red Bull poderá usar motores Honda no novo regulamento.

Na última sexta, a Audi anunciou sua entrada em 2026 como fornecedora de motores, mas sem dar detalhes sobre a eventual aquisição da Audi. Mas, por enquanto, o Grupo VW mantém o silêncio sobre a Porsche e a indicação sobre seu retorno à F1 pela primeira vez desde 1991.

Enquanto isso, a Red Bull segue o desenvolvimento do que será seu motor de 2026 na Red Bull Powertrains. O plano provisório é de que a Porsche compre 50% das ações da equipe, colocando seu nome no motor, o que seria, na realidade, um arranjo de marketing, com poucos engenheiros da montadora trabalhando de fato na Powertrains.

Mesmo com o regulamento de 2026 já ratificado pela FIA, o acordo ainda não está finalizado. Fontes indicam que ainda há um debate sobre pontos-chave como futuras participações acionárias e direito a voto, enquanto a iminente oferta pública inicial da Porsche também é uma complicação em termos de finalizar os arranjos.

O que é mais intrigante é que surgem rumores de que algumas pessoas na Red Bull gostariam de seguir com a Honda a longo prazo. A montadora japonesa saiu oficialmente da F1 no fim do ano passado, mas com os motores congelados até o fim de 2025, chegou a um acordo para manter o fornecimento de motores até lá.

E, aos poucos, a direção da Honda vem demonstrando interesse em um retorno ao grid em 2026, ficando felizes com o novo regulamento.

O problema óbvio é que, se a Red Bull se comprometer com a Porsche, a Honda terá que olhar para o resto do paddock, com a Williams sendo a opção mais lógica, já que um retorno com a McLaren parece impossível.

Em teoria, Red Bull e AlphaTauri podem usar motores diferentes, como já fizeram no passado, mas isso entra em choque com a filosofia da marca de compartilhar tecnologias, como caixas de câmbio. Por isso, é bastante improvável.

Já a colaboração entre Honda e Red Bull Powertrains também parece improvável, com a montadora sempre buscando desenvolver seu próprio motor no Japão, como forma de treinar novos engenheiros.

Já a Porsche parece não ter um plano B em termos de criar sua própria unidade de potência caso o acordo com a Red Bull não siga adiante. Caso acabe optando por fazer parceria com equipes como McLaren ou Williams, teria que utilizar o motor da Audi.

Horner reforçou que, com ou sem Porsche, a Red Bull está 100% comprometida com seu próprio programa de motores, já tendo contratado 300 funcionários com um teto de 450 e o fato da unidade ter ou não o nome de uma montadora é irrelevante.

"Obviamente estamos indo adiante com a Powertrains", disse Horner ao Motorsport.com. "Eles ligaram o primeiro motor antes da pausa de verão, e 2026 ainda está longe. Temos tempo e, estrategicamente, temos que fazer o que é o certo para a equipe. E isso é uma questão para os investidores. E sim, há discussões construtivas sobre as conversas com a Porsche".

Questionado se a Red Bull pode seguir com a Honda, ele disse: "Acho que não há nada certo para 2026 ainda. Obviamente a Red Bull Powertrains foi criada, temos mais de 300 pessoas já. Então esse é o nosso caminho".

Em teoria, as montadoras precisam notificar a FIA sobre suas intenções de fornecer motores em 2026 e pagar a taxa até 15 de outubro de 2022, para terem poder de voto sobre futuras decisões e mais. Mas foi apurado que uma mudança nesta data já está sob discussão.

Horner ainda rejeitou a sugestão de que existe um debate dentro da Red Bull sobre qual caminho tomar.

"Bem, não. Porque não mudará nada. No modo em que nos construímos, temos a Red Bull Powertrains, que fará um motor para 2026. E o propósito todo disso foi ter uma integração total entre motor e chassi, colocando tudo sob um mesmo teto, algo que só a Ferrari faz hoje".

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