Análise

Ferrari passa por reestruturação de sua equipe técnica na F1

Chefe da equipe está focado em contratar pessoas de outros times para cobrir as deficiências e reforçar escuderia com especialistas inovadores

Charles Leclerc, Ferrari SF90

Charles Leclerc, Ferrari SF90

Jerry Andre / Motorsport Images

Mattia Binotto tem evitado que as críticas à Ferrari atinjam o “Exército Vermelho” porque se coloca na linha de frente para explicar o que não está funcionando. No entanto o diretor da equipe está trabalhando duro para fortalecer a estrutura técnica da Ferrari. E uma das áreas sob foco é a de simulação, que evidentemente se mostrou cheia de lacunas.

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Além da liberação de Giacomo Tortora do departamento, também foi registrada a saída de Alessandro Cinelli, chefe do grupo de avaliação de desempenho aerodinâmico, representante histórico da equipe de Maranello há 17 anos.

O sentimento é que a promoção das forças internas que Sergio Marchionne desejava para dar vazão às ideias presentes na escuderia chegou ao fim: o impetuoso ex-presidente conseguiu encontrar pessoas no departamento de corridas que haviam sido deixadas de lado pela gestão dos ingleses Pat Fry e James Allison, diretores técnicos que trouxeram suas pessoas de confiança para Maranello.

O exemplo mais marcante foi o de David Sanchez. O francês, um criativo especialista em aerodinâmica, havia caído no esquecimento e foi recuperado na época da saída de Dirk De Beer em 2016.

Amparado por Enrico Cardile, Sanchez lançou uma filosofia de construção revolucionária com o transportador de fluxo, montado na frente das entradas de ar do carro de 2017, o que iniciou uma tendência copiada por todos os times, exceto a Mercedes.

Com Cardile promovido à "coordenador" do carro de 2019 no papel deixado por Simone Resta, Sanchez deu mais um passo à frente e desde fevereiro foi nomeado chefe da aerodinâmica.

Portanto, é compreensível que neste momento a Ferrari precise reforçar seu pessoal, “pescando” novos técnicos, vindos de fora. Simone Resta pode retornar à equipe, mas o nome do italiano da Alfa Romeo não entusiasmou Binotto, principalmente quando jornalistas o lembraram que com Cardille no comando, Resta não poderia voltar ao cargo que ocupava antes.

Em Maranello, estão chegando bons engenheiros. Eles são os principais nomes em suas áreas de atuação, capazes de dar um novo impulso a um ambiente em que nunca se pode ficar acomodado sobre as glórias do passado. Estamos falando de Marco Adurno, por exemplo, italiano que estabeleceu uma boa reputação na Red Bull como chefe do grupo de análise e simulação de dados.

Outro nome é o de Peter Mlinaric, que chegou à sede da Ferrari cerca de um ano atrás, também vindo de Milton Keynes, trazendo novas ideias ao departamento de inovação tecnológica. Não é de surpreender que o foco estivesse na Red Bull, pois a equipe é considerada a mais bem sucedida na construção de monopostos capazes de gerar grande downforce, e que compensam, pelo menos em parte, a falta de potência dos motores Renault e Honda.

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