FIA força Renault a mudar conceito da asa traseira
Time francês tem interpretação do regulamento diferente de outros e é alvo de protestos durante testes
A Renault deverá fazer mudanças em sua asa traseira antes do início da temporada deste ano, no fim deste mês na Austrália. A FIA avisou ao time francês que o conceito de seu pilar de apoio da asa pode estar em violação às regras.
O novo RS17 da escuderia foi lançado em Londres na semana passada, e quase imediatamente os times rivais questionaram o projeto do suporte. Em vez de estar ligado somente ao plano principal, o suporte une a asa e o fecho do atuador de DRS.
A questão gira em torno do Artigo 3.9.6 do Regulamento Técnico da F1, que estabelece que o suporte deve ser estendido até que a área do plano principal da asa traseira - definida no Artigo 3.9.1.
As equipes têm, por motivos aerodinâmicos, movido o ponto de fixação do pilar da asa traseira mais adiante.
Nos regulamentos anteriores, várias soluções foram tentadas. O método mais popular foi uma simples conexão com a parte inferior do plano principal usado para adicionar rigidez, como mostra a ilustração da Mercedes (acima à esquerda).
No entanto, algumas equipes, incluindo a Red Bull (acima à direita) e a Ferrari, tentaram melhorar o desempenho aerodinâmico da asa traseira de maneira diferente, como vemos no WEC.
A ideia da Renault foi um passo adiante neste sentido, com o suporte sendo anexado diretamente ao DRS.
O argumento do time era que a legalidade da solução se dava pela existência de outra regra que permite que o apoio seja anexado a “partes pequenas unicamente associadas com o ajuste do DRS".
A potencial vantagem do projeto da Renault provavelmente estava relacionada à redução de interferência do ar na asa traseira, o que poderia aumentar a eficiência do DRS.
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