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FIA se pronuncia após acordo com Ferrari que chocou equipes rivais e afirma não estar certa que motor era legal

Após manifestação das equipes da F1 ontem cobrando explicações, a FIA divulgou um comunicado com mais informações sobre a investigação feita no motor de 2019 da Ferrari

Charles Leclerc, Ferrari SF90

A novela do acordo secreto entre FIA e Ferrari acaba de ganhar mais um capítulo. Na semana passada, a Federação anunciou que havia chegado a um acordo secreto com a equipe após investigação sobre possíveis irregularidades no motor de 2019.

A notícia caiu como uma bomba no grid da F1, levando as sete equipes que não utilizam motores Ferrari e cobrarem publicamente explicações da FIA sobre os resultados encontrados na investigação. "Um regulador esportivo internacional tem a responsabilidade de agir com os mais altos padrões de governança, integridade e transparência", dizia o comunicado divulgado pelas equipes.

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Nesta quinta-feira, a FIA se manifestou oficialmente sobre o caso, divulgando um comunicado onde dá mais informações sobre a investigação e os motivos que levaram ao acordo secreto.

Segundo o comunicado, a Ferrari se opôs fortemente às acusações, mas a Federação não estava totalmente satisfeita com o que havia encontrado inicialmente. O opção por não levar o caso adiante, para a Corte Internacional, "devido à complexidade do assunto e a impossibilidade material de fornecer provas inequívocas de quebra do regulamento".

Devido a essa questão das provas e para evitar um processo longo e desgastante, a FIA optou por encerrar o assunto com o acordo. A Federação ainda garantiu no comunicado que "este tipo de acordo é um dispositivo legal reconhecido como um componente essencial de qualquer sistema disciplinar", afirmando que a confidencialidade está garantida em seu regimento.

Leia a íntegra do comunicado abaixo:

"A FIA concluiu uma detalhada análise técnica da Unidade de Potência (UP) da Scuderia Ferrari, algo que lhe é permitida fazer para qualquer competidor do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA.

A extensa e completa investigação feita durante a temporada de 2019 levantou suspeitas de que a UP da Scuderia Ferrari poderia ser considerada como irregular dentro dos limites do regulamento da FIA daquele ano. A Scuderia Ferrari se opôs firmemente às suspeições e reiterou que sua UP sempre operou dentro dos limites do regulamento. A FIA não estava totalmente satisfeita, mas concluiu que não seriam necessárias mais ações, que também não resultariam em um caso conclusivo, devido à complexidade do assunto e a impossibilidade material de fornecer provas inequívocas de quebra do regulamento.

Para evitar as consequências negativas que um longo litígio implicaria, especialmente à luz da incerteza do resultado de tais litígios e no melhor interesse do Campeonato e de suas partes interessadas, a FIA, em conformidade com o Artigo 4 (ii) de suas Regras Disciplinares e Judiciárias, decidiu entrar em um acordo efetivo e dissuasivo com a Ferrari para encerrar o processo.

Este tipo de acordo é um dispositivo legal reconhecido como um componente essencial de qualquer sistema disciplinar e é usado por várias autoridades públicas e outras federações esportivas para lidar com situações como essa.

A confidencialidade dos temos do acordo é prevista no Artigo 4 (vi) da RDJ.

A FIA tomará todas as atitudes necessárias para proteger o esporte e seu papel e reputação como órgão regulador do Campeonato Mundial de Fórmula 1".

VÍDEO: Entenda mais sobre o polêmico 'acordo secreto' da Ferrari que chocou os rivais da F1

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Jean Todt, que hoje é que possui o maior poder do trio, foi diretor de corridas da Ferrari de 1994 a 2007 e CEO entre 2004 e 2009.
Ele foi o primeiro não italiano a ocupar uma vaga tão alta na equipe. Após 12 anos de Peugeot, ele foi recrutado por Luca di Montezemolo para tentar dar um fim ao jejum que vinha desde 1979.
A escolha não poderia ter sido mais certeira. No final de 1995, um convite a Michael Schumacher daria início a um grande período de vitórias, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores, de 2000 a 2004, além do campeonato de Kimi Raikkonen em 2007, o último da escuderia.
No dia 23 de outubro de 2009, Todt se elegeu presidente da FIA, cargo que ocupa até hoje.
Além de apoiar as mudanças na F1 que devem ser introduzidas em 2021, Todt tem destacado seu trabalho também na tentativa de diminuição de acidentes rodoviários.
Ross Brawn ocupa o cargo de diretor esportivo do Grupo Liberty, detentores dos direitos comerciais da F1, após a saída de Bernie Ecclestone. É o nº2 do organograma da companhia que toma conta da F1.
Atualmente, é o principal nome que está por trás das grandes mudanças dos regulamentos técnicos e esportivos da F1 para 2021.
Sua experiência como chefe de equipe de Schumacher em seu período mais vitorioso, de 2000 a 2004, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores.
Além do sucesso meteórico da Brawn GP em 2009 o colocam como figura respeitável nas mudanças.
O grego Nikolas Tombazis também vem do ‘casamento perfeito’ entre Schumacher e Ferrari, também vindo da Benetton, em 1997.
Seu cargo na escuderia italiana sempre esteve voltado à parte aerodinâmica, permanecendo na equipe de 1997 a 2003 em uma primeira passagem.
Em 2004 ele foi para a McLaren, retornando à Ferrari em 2006 como diretor de design de 2006 a 2014.
Antes de ocupar o cargo de chefe de monopostos da FIA em 2018, ele teve breve passagem pela Manor.
Ele também está por trás das principais mudanças prometidas pela F1 para o carro de 2021, que promete ajudar  categoria a ter uma competitividade mais próxima entre as equipes.
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