Häkkinen completa 49 anos; relembre carreira do bicampeão
Em 11 temporadas na Fórmula 1, finlandês conquistou 20 vitórias, 26 pole positions e subiu 51 vezes no pódio
Filho de um taxista e uma secretária, Mika Pauli Häkkinen nasceu em Vantaa, na Finlândia, no dia 28 de setembro de 1968 e passou o início da infância jogando roquei no gelo e futebol. Aos cinco anos, seus pais alugaram um kart para Mika andar em uma pista perto de sua casa, mas logo na primeira volta sofreu um acidente, mas saiu ileso.
Apesar do acidente e da insistência de seus pais, que não queriam ver o filho se arriscar, Häkkinen, que na época morava na mesma rua do também ex-piloto Mika Salo, seguiu na modalidade. Sua primeira vitória veio em 1975, em uma corrida disputada no Keimola Motor Stadium. Em 1978 e 79 venceu o Keimola Club Championship.
Em 1987, Mika fez sua transição do kart para os carros de corrida ao comprar um Reynard Formula Ford 1600 de 1986 do compatriota JJ Lehto, para disputar os campeonatos finlandês, sueco e nórdico da Fórmula Ford, conquistando os três títulos logo e seu ano de estreia.
Três anos mais tarde, venceu o campeonato da Fórmula 3 inglesa, despertando o interesse dos dirigentes da Lotus e foi contratado para correr na Fórmula 1 pela equipe em 1991. Logo em seu ano de estreia, conquistou seus primeiros pontos na categoria com o quinto lugar no GP de San Marino e terminou o campeonato em 16º.
Depois de terminar o campeonato de 1992 na oitava posição do campeonato, Häkkinen deixou a Lotus para ser piloto de testes da McLaren. O finlandês alcançou a titularidade na equipe na antepenúltima etapa da temporada de 1993, em Estoril, após a saída de Michael Andretti.
Em sua corrida de estreia, Mika surpreendeu e largou em terceiro, superando o então campeão e primeiro piloto da McLaren, Ayrton Senna, quarto do grid, mas rodou na 32ª volta e abandonou a corrida.
Na corrida seguinte, em Suzuka, mais uma vez largou em terceiro, logo atrás de Senna, completou a prova em terceiro lugar e dividiu seu primeiro pódio com Senna e Alain Prost.
Após quatro anos, Häkkinen finalmente conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1, no GP da Europa de 1997, em Jerez de La Frontera, última etapa daquele ano.
Enfim a glória
A temporada de 1998 começou com duas vitórias seguidas de Häkkinen, na Austrália e Brasil e o segundo lugar na Argentina. Na etapa seguinte, em San Marino, enfrentou problemas na caixa de câmbio e abandonou na 17ª volta.
O finlandês voltaria a se encontrar com a vitórias nos dois GPs seguintes, na Espanha e em Mônaco. No Canadá, mais uma vez enfrentou problemas na caixa de câmbio e abandonou.
Nas quatro próximas corridas, Häkkinen esteve no pódio em todas, com duas vitórias, na Áustria e Alemanha, o segundo lugar na Grã Bretanha e o terceiro na França. Nas três provas seguintes, foi sexto na Hungria, abandonou na Bélgica após acidente na largada e quarto na Itália.
Mika encerrou a temporada vencendo as duas etapas finais, os GPs de Luxemburgo e Japão, alcançou 100 pontos e conquistou seu primeiro título na Fórmula 1.
E vem o bi
Embalado pelo título, Häkkinen começou a temporada 1999 com tudo e de cara cravou a pole position do GP da Austrália, mas enfrentou problemas no acelerador de sua McLaren e abandonou na 21ª volta a corrida completada por apenas oito dos 17 carros do grid.
No GP seguinte, em Interlagos, o finlandês voltou a largar da pole e cruzou a linha de chegada em primeiro. Em San Marino cravou sua terceira pole seguida, arrancou na frente e abriu boa vantagem na liderança, mas rodou na 17ª volta e abandonou.
Nas quatro provas seguintes, foi ao pódio em todas, com o terceiro lugar em Mônaco, as vitórias na Espanha e Canadá e o segundo lugar na França.
Na Grã Bretanha, o piloto da McLaren mais uma vez marcou a pole position, disparou na frente e liderou com folga, mas abandonou na 35ª volta, após a roda traseira esquerda se soltar graças a uma falha da equipe durante o pit stop.
Häkkinen foi pole também na Áustria e terminou a corrida em terceiro, atrás do vencedor Michael Schumacher e de seu companheiro de equipe David Coulthard.
Na Alemanha, Häkkinen conquistou a 100ª pole position da McLaren na F1, mas um acidente na 25ª volta o tirou da corrida. Nos dois Gps seguintes, na Hungria e na Bélgica, largou também na primeira posição e conquistou mais dois pódios, com a vitória em Hungaroring e o segundo lugar em Spa-Francorchamps.
Na Itália, Mika mais uma vez largou na pole, mas rodou na 29ª volta e abandonou pela quinta e última vez na temporada.
No GP da Europa daquele ano, disputado em Nurburgring, Häkkinen largou em terceiro, anotou a volta mais rápida, mas conseguiu a quinta posição, seu pior resultado no ano.
Na Malásia, que naquele ano recebia uma prova da F1 pela primeira vez, foi quarto colocado do grid e completou a prova em terceiro, levando a decisão do título para o Japão.
Em Suzuka, Häkkinen dividiu a primeira fila com o pole Michael Schumacher, mas superou o alemão, conquistou a vitória, foi aos 76 pontos e conquistou o bicampeonato, apenas dois pontos à frente do vice Eddie Irvine.
Quase tri
Na temporada de 2000, Häkkinen era o franco favorito ao título, mas suas quatro vitórias, sete segundos lugares, dois quartos e um sexto não foram suficientes para superar Michael Schumacher, que naquele ano chegou ao tri. O finlandês acabou a temporada como vice-campeão.
Naquele ano, o finlandês protagonizou uma das mais belas ultrapassagens da história da Fórmula 1, no GP da Bélgica e em cima de Schumacher. Com uma bela manobra pela esquerda e aproveitando a presença do retardatário Ricardo Zonta, Häkkinen ultrapassou Schumacher com maestria.
Aposentadoria
A temporada 2001 marcou a despedida de Mika Häkkinen da F1. Após uma campanha sem muito brilho, com apenas duas vitórias e um terceiro lugar, o finlandês terminou o campeonato em quinto e, sem equipe para o ano seguinte, anunciou sua aposentadoria da categoria.
Em 11 anos de Fórmula 1, Mika Häkkinen registra 26 pole positions e 56 pódios, vencendo 20 corridas.
Em novembro de 2004, Häkkinen foi anunciado piloto da Mercedes para a temporada 2005 do DTM, permanecendo até 2007. No mesmo ano, anunciou sua aposentadoria definitiva das pistas.
Atualmente, Häkkinen é embaixador do Johnnie Walker e roda o mundo pregando o consumo consciente de bebidas alcoólicas.
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