Robert Kubica sofreu um dos acidentes mais chocantes dos últimos anos da Fórmula 1. Era 2007, Grande Prêmio do Canadá. Piloto da Sauber, o polonês acabou ‘jogado’ ao muro por Jarno Trulli, da Toyota, e decolou – parou ao bater de frente com o muro. O atual competidor de rali foi retirado inconsciente e levado por o hospital, mas escapou com ‘somente’ uma lesão no tornozelo.
[publicidade] Sete anos depois, no dia 5 de outubro, em Suzuka, Jules Bianchi perdeu o controle de sua Marussia e saiu da pista. Parou somente em um trator, que retirava o carro de Adrian Sutil, da Sauber. A colisão trouxe consequências gravíssimas ao francês, que segue internado em estado crítico no Japão.
Para Robert Kubica, o ocorrido com Jules Bianchi há exatos dez dias serviu para ‘alertar’: os esportes a motor nunca serão 100% seguros.
“Depois de ver algo assim, você se questiona como é possível que isso continue acontecendo. Mas, infelizmente, sempre poderá acontecer. Sempre há riscos no automobilismo”, declarou o piloto polonês, em entrevista à 'BBC'.
“Às vezes podemos nos esquecer de como o automobilismo pode ser perigoso, não é 100% seguro. O meu acidente foi diferente, mas tive muito azar e também muita sorte. O perigo está sempre presente”, acrescentou Kubica.
O polonês, que voltou a se acidentar como piloto do rali recentemente, destacou, no entanto, o trabalho da FIA para diminuir o número de tragédias nas últimas décadas de automobilismo.
“A FIA tem feito um trabalho incrível para melhorar as coisas, mas ainda há muito para evoluir. O perigo faz parte do esporte. Mesmo se você acha que é seguro, o perigo está sempre lá”, concluiu.