Massa explica crise na Williams, coloca Kubica como piloto pagante e afirma: "Não sinto saudade da F1"
Atualmente na Fórmula E, ex-piloto da F1 lamentou fase de ex-equipe antes de evento em São Paulo
Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images
Felipe Massa está participando das 500 Milhas da Granja Viana, prova que fecha o calendário do automobilismo brasileiro nas últimas décadas. Um dos representantes brasileiros na Fórmula E é também o detentor do último pódio do Brasil na Fórmula 1, no GP da Itália de 2015, com a Williams. Com exclusividade ao Motorsport.com, o competidor falou sobre a ex-equipe e disse que o polonês Robert Kubica, que defendeu o time em 2019, é um piloto pagante.
Quando perguntado se, após o segundo ano fora da F1, tinha saudades da categoria, Massa afirmou que ainda acompanha, mas que seu tempo já passou.
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“Saudade de estar na F1? Não. Continuo torcendo, acompanhando, vejo treinos, classificações, corridas, acompanho porque eu gosto. Mas passou meu tempo, correr na F1 é um trabalho muito intenso, corri por 16 anos. Ao pensar em fazer 21 ou 22 corridas, trabalhando toda semana na equipe, eu não tenho saudade. Tenho vontade de fazer outras coisas, como estou fazendo.”
Falando sobre a Williams, Massa lamentou a atual fase do time britânico, que, segundo o piloto, é a consequência de uma série de decisões erradas nos últimos anos.
“É uma tristeza ver o que aconteceu com a Williams. Não é apenas uma coisa, foram várias decisões erradas. Começando com o carro que não deu certo, o desenvolvimento que eles fizeram de um ano para o outro foi terrível.”
“E sobre pilotos, nada contra, mas poderiam ter contratado outros, a ideia foi totalmente errada, com pilotos que trazem dinheiro e não os que trazem talento. Hoje, eles têm um piloto excepcional, o [George] Russell é um puta piloto, merece estar lá, tem muito o que mostrar na F1, mas o que eles vinham fazendo estava errado.”
Relembre todas as vitórias de Massa na F1
“No final, ao pensar no dinheiro a curto prazo, você pode perder muito mais lá na frente e foi o que aconteceu na equipe. Foram muitas decisões erradas, do lado técnico e do lado financeiro também, tendo esses resultados como consequência.”
Na avaliação de Massa, até mesmo o polonês Robert Kubica está no contexto dos pilotos que conseguiram assento na Williams mediante pagamento.
“O Kubica é um piloto excepcional, muito talentoso, mas não nesse momento. Ele não entrou lá de graça, entrou levando dinheiro, fazendo mais ou menos o que o [Lance] Stroll e o que o [Sergey] Sirotkin fizeram. Eles tomaram a decisão de pegar um superpiloto, mas com uma situação diferente, infelizmente não mudou muito o que eles vinham fazendo.”
“Se você me perguntar o que eu acho sobre o que ele vem fazendo, é absurdo. Guiar do jeito que ele guia, depois do que aconteceu com ele, é impressionante, mas se você comparar com pilotos do topo, aí não dá. A situação mudou, infelizmente, em comparação para antes do acidente.”
Pior fase da história
Neste ano, a escuderia somou apenas um ponto e fez sua pior campanha na história. Em quase quatro décadas, o time de Frank Williams foi do céu ao inferno. Mas a filha do fundador, Claire, que chefia a equipe desde o afastamento do já idoso pai, garante que ele jamais se afastará da F1. Recorde os pilotos e a história da Williams em galeria especial:
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