Massa lamenta fase da Ferrari: "Já passei por anos difíceis lá, mas nada como neste ano"
Para o futuro, o brasileiro acredita que há como melhorar e já projeta como será a briga entre Leclerc e Sainz
Apesar do bom resultado no GP da Turquia, com um terceiro lugar de Sebastian Vettel e um quarto de Charles Leclerc, a Ferrari vem atravessando uma de suas fases mais difíceis na Fórmula 1, ocupando apenas a sexta posição no Mundial de Construtores. E para Felipe Massa, que correu oito anos com a equipe italiana, é triste ver a escuderia nesse momento.
Na temporada 2020, o carro da Ferrari, o SF1000, sofre com problemas fundamentais de chassi e aerodinâmica, além de um motor que sofreu uma perda considerável de potência em comparação com o ano passado. Com isso, a equipe foi do vice-campeonato de construtores em 2019 para ocupar o fundo da luta do pelotão intermediário do grid.
As restrições impostas pela Covid-19 também ajudaram a prejudicar o ano da equipe italiana, que não conseguiu trabalhar no desenvolvimento do carro a ponto de contornar essa situação.
Em entrevista ao jornal espanhol As, Massa analisou a situação atual da equipe italiana e já projetou como deve ficar a situação para os próximos anos, com a saída de Vettel e a chegada de Carlos Sainz para bater de frente com Leclerc.
"É um momento muito difícil para a Ferrari. É triste vê-los assim, com todos os problemas que estão enfrentando neste ano. A Ferrari é uma equipe que tem a obrigação de ser competitiva e quando não é, se trata de algo muito sério, não apenas com os fãs, mas também para quem trabalha lá dentro".
"Eu também passei por anos difíceis lá, com um carro que não era competitivo, mas certamente nada como neste ano. Espero que a situação da Ferrari mude logo, não para agora, mas sim nos próximos anos. É preciso reconhecer que é um problema sério".
E os problemas da Ferrari não são apenas limitados ao carro. Até aqui, a equipe conquistou 130 pontos no Mundial de Construtores, sendo que Charles Leclerc foi responsável por 97 deles contra apenas 33 de Sebastian Vettel. Para o brasileiro, o momento do alemão justifica o fim do contrato após essa temporada.
Marc Gene, Ferrari, with Sebastian Vettel, Ferrari
Photo by: Charles Coates / Motorsport Images
"O carro é o mais importante. Sem um carro competitivo, você não pode ganhar e isso não tem nada a ver com os pilotos. Por outro lado, acredito que o momento de Sebastian chegou ao fim, porque não está fazendo o trabalho que se espera de um tetracampeão mundial e acredito que a equipe tinha que mudar".
"Não é o melhor momento de Sebastian. Ele pensa que não é bem tratado e, para a equipe, não é bom manter um piloto nesta situação, sem ser competitivo. Acredito que sua saída é a melhor solução para ambos".
No próximo ano, a vaga de Vettel será ocupada por Carlos Sainz, e Massa acredita que o espanhol será competitivo, tendo demonstrado suas qualidades ao longo dos anos, mas ele terá que se provar frente a Leclerc.
"Acredito que Sainz será competitivo. Ele já demonstrou sua velocidade quando estreou na F1, mas especialmente nos últimos dois anos, conseguindo bons resultados com a McLaren, e penso que poderá funcionar bem. Charles está em um grande momento e não será fácil para Sainz, mas pode fazer um bom trabalho e provar ser forte com a Ferrari".
"O líder é Leclerc. Neste momento, Sainz precisa demonstrar seu talento. Pode ser que ele consiga mostrar seu valor no primeiro ano, uma temporada competitiva que coloque Leclerc em uma situação desconfortável. Aí ele pode ser um candidato ao título, mas precisa provar antes".
Podium: second place Kimi Raikkonen, Ferrari, Race winner Felipe Massa, Ferrari, third place Robert Kubica, BMW Sauber F1 and Stefano Domenicali, Ferrari Manager of F1 Operations
Photo by: Sutton Images
E apesar da Ferrari estar em má forma dentro da pista, grandes nomes do passado da equipe vão, aos poucos, dominando a cúpula do esporte. No ano que vem, o ex-chefe Stefano Domenicali se juntará ao presidente da FIA Jean Todt e ao diretor esportivo Ross Brawn como o novo CEO da categoria. E Massa acredita que seu ex-chefe tem toda a capacidade de cumprir sua função.
"Tenho muito afeto por Stefano, compartilhamos muitos momentos juntos. É muito trabalhador e tem muita experiência no esporte, em várias categorias. Será um trabalho diferente, mais voltado ao mundo da política. É uma pessoa agradável, que muitos gostam, mas ele também terá que ser rígido às vezes".
"Acredito que será um momento muito importante para a F1 e acredito que ele implementará essa mentalidade mais jovem, moderna, que a categoria necessita".
"[Com Domenicali, Brawn e Tody] Vão faltar apenas Rory Byrne e Schumacher. A Ferrari sempre será uma força política. Tudo bem, todas são pessoas com a Ferrari no coração, mas também são profissionais, que têm que pensar no que é melhor para todos".
"Todt impulsionou mudanças financeiras e isso não favoreceu os grandes. Isso demonstra que todos são profissionais e trabalham para o bem da F1".
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