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Newey: Sempre me sentirei responsável pela morte de Senna

Projetista da Williams FW16 de 1994 assume que “algo ruim nunca deveria ter entrado no carro”

Ayrton Senna, Williams FW16
Ayrton Senna, Williams FW16
Adrian Newey, Red Bull Racing
Ayrton Senna, Williams, Michael Schumacher, Benetton
Ayrton Senna, Williams FW16
Ayrton Senna, Williams FW16
Ayrton Senna, Williams FW16, Roland Ratzenberger, Simtek S941
Start: Ayrton Senna, Williams FW16, Michael Schumacher, Benetton B194
Ayrton Senna, Williams FW16, Michael Schumacher, Benetton B194, Gerhard Berger, Ferrari 412T1, Damon Hill, Williams FW16, Heinz-Harald Frentzen, Sauber C13

Tido como mago da aerodinâmica na Fórmula 1, o britânico Adrian Newey – campeão mundial pela Williams, pela McLaren e pela Red Bull – tem uma única mancha na carreira. Foi ele o responsável por projetar o Williams FW16, carro no qual Ayrton Senna perdeu sua vida no GP de San Marino de 1994.

A causa do acidente divide opiniões até hoje. Alguns falam em quebra da coluna de direção, outros em furo de pneu e outros acreditam em um erro do brasileiro pela falta de equilíbrio do carro.

Mas, seja como for, Newey diz que para sempre se sentirá responsabilizado pela morte do tricampeão mundial.

"Eu era um dos engenheiros responsáveis em uma equipe que desenhou um carro em que um grande homem foi morto", disse ele em sua nova autobiografia "How to Build a Car".

"Independentemente de a coluna de direção ter causado o acidente ou não, não há como escapar do fato de que algo ruim nunca deveria ter entrado no carro."

"O que me faz sentir a maior culpa, porém, não é a possibilidade de que a falha da coluna de direção possa ter causado o acidente, porque eu não acho isso, mas sim o fato de eu ter complicado a aerodinâmica do carro", disse ele.

"Eu interpretei errado a transição da suspensão ativa (em 1993) de volta à passiva e projetei um carro que era aerodinamicamente instável, no qual Ayrton tentava fazer coisas que o carro não era capaz de fazer."

"Se ele teve um pneu furado ou não, ele estava por dentro em uma linha mais rápida e ondulada em um carro que era aerodinamicamente instável. Isso pode ter tornado o carro difícil de controlar, mesmo para ele."

Newey também revelou seu ceticismo sobre o julgamento após a morte de Senna, instigado pelo promotor italiano Maurizio Passarini.

"Eu sempre sentirei um grau de responsabilidade pela morte de Ayrton, mas não culpa", disse Newey. "O fato de que o caso de (Roland) Ratzenberger foi tão facilmente varrido sob o carpete me deixa desconfiado de que as principais motivações de Passarini possam ser glória e notoriedade pessoais".

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