Novos carros da F1 de 2022 beneficiarão talento dos pilotos; entenda

Menor previsibilidade das máquinas e características pouco "refinadas" empolgam diretor técnico da FIA para temporada

The 2022 Formula 1 car launch event on the Silverstone grid. L-R: George Russell, Williams, Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing, Sebastian Vettel, Aston Martin and Nicholas Latifi, Williams

The 2022 Formula 1 car launch event on the Silverstone grid. L-R: George Russell, Williams, Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing, Sebastian Vettel, Aston Martin and Nicholas Latifi, Williams

Mark Sutton / Motorsport Images

A Fórmula 1 estreará uma nova era de regras este ano, à medida que a categoria muda para carros de efeito solo que visam tornar as corridas melhores. Embora os regulamentos não sejam especificamente projetados para tornar as ultrapassagens mais fáceis em si, a esperança é que os novos conceitos permitam que os pilotos sigam seus rivais muito mais perto do que antes, mas ainda difíceis de guiar de uma maneira que dê ênfase no talento.

Para conseguir isso, a divisão teve que deixar de depender do downforce criado pelas asas dianteiras e traseiras e, em vez disso, gerar muito mais desempenho canalizando o ar pelos túneis de venturi embaixo da máquina. Com isso, espera-se que os veículos perseguidores não sofram tanto com o vácuo dos rivais à frente, o que também deve ajudar a reduzir o travamento e minimizar o superaquecimento dos pneus.

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Esperava-se que uma das consequências da mudança nas regras fosse um aumento dramático nos tempos de volta - com a conversa inicial especulando que os pilotos poderiam ser mais lentos em até cinco segundos. No entanto, com as escuderias entendendo rapidamente os detalhes das determinações, a sugestão é que os carros podem estar apenas 0s5 atrás das marcas atuais.

Apesar disso, mesmo com as cronometragens sendo semelhantes, um tema que surgiu nas últimas semanas foi como a guiada está diferente. Além da perda de força aerodinâmica, quem experimentou as novas máquinas nos simuladores disseram que não pareciam tão firmes.

Foi o caso de Lando Norris, da McLaren: "Não acho que será tão bom de pilotar. Creio que vai estar um pouco mais no limite em termos de acelerar mais e assim por diante. Um pouco como a Fórmula 2 de uma forma, eu acho, onde você vê mais 'luta contra o carro' e outras coisas".

The 2022 Formula 1 car launch event on the Silverstone grid

The 2022 Formula 1 car launch event on the Silverstone grid

Photo by: Charles Coates / Motorsport Images

Esses comentários, em um momento em que a F1 mudou para veículos que visam torná-los mais estáveis ​​ao seguir os outros, parecem sugerir que algo deu errado.

No entanto, o chefe de assuntos técnicos de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, explicou que o que os pilotos estão experimentando é consequência de uma mudança para simplificar a aerodinâmica.

Pois, embora as equipes anteriormente aperfeiçoassem os fluxos de ar da velha geração de carros para garantir uma corrente consistente sobre a carroceria em uma curva, tal resultado não é possível agora.

"Existem alguns desafios em termos de dirigibilidade hoje em dia", disse Tombazis. "Os times desenvolveram o desempenho nas curvas e para estabilidade, e trabalharam muito no simulador."

"Eles também focaram na aerodinâmica para garantir que o carro não tivesse mudanças rápidas de características nas curvas que incomodassem o piloto. No meu entendimento, as novas regras tornam isso um pouco mais difícil. Portanto, acho que serão um pouco mais difíceis de guiar: o que creio ser uma coisa boa."

The 2022 Formula 1 car launch event on the Silverstone grid. Front detail

The 2022 Formula 1 car launch event on the Silverstone grid. Front detail

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

Tombazis reforçou que as áreas que as equipes mais aprimoraram - como o fluxo de ar da asa dianteira para o bargeboard e sob o assoalho - não eram mais possíveis devido às restrições das regras.

"Isso foi alcançado anteriormente na asa dianteira e na área do bargeboard, jogando muito cuidadosamente com os vários vórtices e como eles viajam pelo ar", disse ele. "Isso é mais limitado agora, no que é possível."

A consequência das limitações do que as equipes podem fazer, aliada à mudança nas características do carro, deve colocar uma ênfase maior no talento do piloto - algo que deixa Tombazis feliz.

"Acho que é bom para a habilidade dos competidores que o veículo não seja tão previsível”, comentou. "Provavelmente, deverá ser potencialmente mais difícil de guiar porque eles podem não ser tão refinados em algumas das características."

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