Pilotos admitem falta de salários, mas negam possibilidade de greve

Depois de Kimi Raikkonen reconhecer publicamente ao final do ano passado que havia disputado todo o campeonato sem receber salários na Lotus, a questão da falta de pagamento de pilotos se tornou notória. Como o problema tem afetado outras equipes, os pilotos têm discutido maneiras de garantir que receberão por seu trabalho.

Uma possibilidade de greve, inclusive, foi levantada pela imprensa. Porém, o alemão Nico Hulkenberg, um dos afetados, negou que isso esteja nos planos da associação dos pilotos. “Há um problema sobre o qual estamos discutindo na GPDA, pois estamos no topo do automobilismo e isso não deveria acontecer. É por isso que estamos tentando trabalhar nisso”, afirmou o piloto da Force India, ouvido pelo TotalRace na China. “Não estamos discutindo nada sobre uma regra. Falamos sobre possibilidades de resolver o problema, mas fazer greve não é uma possibilidade.”

Felipe Massa também se mostrou preocupado e disse apoiar a decisão de fazer uma paralização, caso seja um movimento organizado e com o apoio de todos.

“Acho que é grave, isso mostra que tem muita coisa para melhorar na Fórmula 1. Muitos times estão sofrendo. O piloto, além de estar lá correndo, está se arriscando ao fazer isso e não receber é triste. É responsabilidade da Federação e do próprio Bernie Ecclestone, eles têm de dar uma mão para resolver isso. Não são apenas os pilotos, outros funcionários não estão recebendo”, lembrou.

“Se todos se juntassem, eu estaria dentro e faria uma greve para ajudar a todos. Só é importante que todos estejam juntos. Se isso acontecer, teria de ser uma coisa bem feita. Temos de pensar em todos.”

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O mexicano Esteban Gutierrez também espera uma solução rápida para o problema. “É algo que tem a ver com a situação econômica no mundo mas, obviamente, quando existe um compromisso, ele tem de ser seguido. Há alguns pilotos em situação difícil, mas é algo que precisa ser resolvido para não colocar nenhum piloto em situação incômoda.”