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Pilotos da F1 temem que vitórias sejam desvalorizadas com corridas de grid invertido

Ricciardo, Verstappen e Pérez afirmaram que a F1 não pode pensar em coisas artificiais para aumentar o espetáculo

Charles Leclerc, Ferrari SF1000, Lance Stroll, Racing Point RP20, Sergio Perez, Racing Point RP20, Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S.20, Alex Albon, Red Bull Racing RB16, and the rest of the field at the start

Após o GP da Itália, o diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, revelou que a categoria pode revisitar os planos de corridas de classificação com grid invertido para 2021. Mas parte dos pilotos da categoria demonstraram preocupação com a medida, temendo que isso desvalorize as vitórias no futuro.

A F1 tentou algo similar para 2020, mas teve seu projeto bloqueado pela Mercedes, já que era necessária aprovação unânime. Mas, com a mudança nas normas de governança para o próxima temporada, a proposta pode ser aprovada mesmo com a rejeição de duas equipes.

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A ideia não tem apoio universal dos fãs e vários pilotos falaram contra a medida, destacando como uma das maiores preocupações a possibilidade da mistura do grid podendo desvalorizar as vitórias.

Daniel Ricciardo disse: "Eu fico preocupado com a adição de um modo artificial de mexer no grid, e todos os pilotos conquistarem vitórias, isso não mudaria o valor que uma vitória na F1 tem atualmente? Acho que essa é a questão, e ela é complicada".

"É difícil porque queremos corridas melhores, mas ainda estamos falando da F1 e acho que ela ainda tem valor. Isso poderia ser diminuído com grids invertidos".

Sergio Pérez apoiou a visão de Ricciardo que as vitórias não teriam o mesmo valor do que nas corridas com o formato atual.

"Eu vi o comentário de Toto Wolff, falando que a F1 não é o WWE. E eu concordo. Acho que, no momento, a F1 está trabalhando para diminuir a diferença entre as equipes para 2022 e, com sorte, isso acontecerá".

"Não acho que a F1 precisa de algo artificial como esse. Não acho que, se você vencer uma corrida com grid invertido, a sensação será a mesma. Não é uma boa ideia para o esporte".

Max Verstappen disse que não faz sentido para as equipes da F1 gastarem milhões para criar o carro mais rápido para os chefes fazerem eles largarem no fundo.

"Não gosto. É um modo artificial de criar um espetáculo, e isso não é a F1. O carro mais rápido merece estar na frente. É para isso que todos trabalham. Pra que manipular? No fim do dia, os  carros devem terminar nas mesmas posições, mas isso não é a F1".

"Ela precisa ser sobre performance pura e é para isso que trabalhamos. Você quer ser o mais dominante e competitivo do grid, e, para isso, você quer largar na primeira fila".

Carlos Sainz reconhece, porém, que, apesar de ter ressalvas quanto à proposta, ele tem curiosidade em saber como que funcionaria.

"Não estou decidido no momento. Estou curioso para saber como que funcionariam as corridas assim. Tenho a curiosidade para ver uma vez como que funciona e se isso mexe nas coisas".

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