Pirelli espera mais movimentação nos boxes na Malásia
Empresa italiana acredita que desgaste dos pneus será maior que na Austrália e prevê a estreia de seus compostos de chuva
A Pirelli espera para o GP da Malásia uma corrida bem mais movimentada que a prova de estreia, em Melbourne. Além do calor de 35ºC e da umidade relativa do ar por volta de 80%, o asfalto é duro com os pneus e a pista ainda conta com fortes freadas, longas retas e algumas curvas de alta. Tudo isso favorece o desgaste.
“Estamos muito animados com nossa estreia na Austrália, mas temos consciência de que a Malásia será bem diferente”, adimitiu o diretor da divisão esportiva da Pirelli, Paul Hembery, por meio da assessoria de imprensa da empresa. “Dissemos o tempo todo que teríamos dois pitstops na Austrália, mas na Malásia acredito que o número aumente para três ou quatro.”
Os pilotos usarão os mesmos tipos de pneus da primeira prova do ano, duros e macios, e poderão testar uma evolução do composto mais duro durante os treinos de sexta-feira, quando receberão um jogo a mais do que a cota normal, que é de 11 sets de pneus para seco por final de semana.
Jenson Button destaca que o desgaste deve ser grande, mas lembra que haverá pistas em que a degradação deve ser ainda maior.
“É um asfalto muito abrasivo, então tanto os dianteiros quanto os traseiros vão sofrer. Em termos de uso geral e durabilidade em comparação com todas as pistas que visitaremos neste ano, Sepang provavelmente fica numa posição intermediária.”
Tendo em vista que a chuva, que sempre cai forte nos finais de tarde malaios, é uma grande possibilidade para algum momento no fim de semana, a Pirelli espera estrear seus compostos intermediário e de chuva durante a etapa.
“Dizem que nunca é uma questão de se, mas sim de quando vai chover em Sepang, então a performance de nossos pneus de chuva pode ser crucial”, acredita Hembery.
Essa possibilidade de chuva é outro fator que promete aumentar a importância da estratégia. O GP da Malásia com o maior número de pitstops é o de 2004, com 56. No entanto, na corrida de 2009, interrompida depois de apenas 30 voltas após um verdadeiro dilúvio que caiu sobre a pista, houve 50 trocas de pneus.
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