
Análise técnica de Giorgio Piola
Por que as principais equipes da F1 têm suspensões tão diferentes?
Motorsport.com analisa detalhadamente algumas das distinções entre as escuderias do top-3 da F1

Em meio à suspensão da temporada 2020 da Fórmula 1 por causa da pandemia de coronavírus, aproveitamos o tempo livre para analisar as diferenças entre as três principais equipes: Mercedes, Ferrari e Red Bull.
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Desta vez, o mago do desenho técnico do Motorsport.com, Giorgio Piola, destrincha as diferenças entre as suspensões dos três times mais importantes da categoria máxima do automobilismo mundial.
O que a Mercedes fez
Todas as equipes usam subsistemas de suspensão para ajudar a manter uma plataforma aerodinâmica mais eficaz, mas a Mercedes realmente liderou o caminho nessa frente desde o seu retorno ao esporte há uma década. Veja abaixo:
Mercedes W04

Foto de: Giorgio Piola
Mercedes W02

Foto de: Giorgio Piola
Mercedes W06

Foto de: Giorgio Piola
Mercedes AMG F1 W10

Foto de: Giorgio Piola
Mercedes AMG F1 W11

Foto de: Giorgio Piola
A Mercedes também fez alterações significativas para o W11 no design da suspensão para incorporar seu sistema DED - o revolucionário sistema de direção de eixos duplos apresentado nos testes de Barcelona.
O conjunto de direção da Mercedes já era um pouco mais volumoso. Embora o DED tenha acentuado essa realidade, o tamanho e o peso geral do sistema devem oferecer uma clara vantagem de desempenho para justificar sua inclusão.
As diferenças visuais entre o novo carro da Mercedes neste ano e o monoposto do ano passado provocaram um debate sobre a instalação do DED, pois, aparentemente, seria uma unidade controlada hidraulicamente.
Rota diferente da Ferrari

Ferrari SF1000
Photo by: Giorgio Piola
A Ferrari tem sido a menos pró-ativa do trio quando se trata de otimizar seu layout, favorecendo a continuidade do design e a facilidade de configuração em relação ao que poderia ser considerado um passo em falso.
Ferrari SF70H

Foto de: Giorgio Piola
Ferrari SF90

Foto de: Giorgio Piola
Parece que a Ferrari decidiu que o desempenho de sua suspensão dianteira foi suficiente e decidiu garantir que teria mais ênfase no desenvolvimento de outras áreas do carro nas últimas temporadas.
Red Bull tenta algo único
A Red Bull viu 2020 como uma oportunidade de diminuir a diferença para a Mercedes e optou por uma abordagem agressiva, uma vez que o conjunto da direção foi recuado no chassi, para que os braços da direção [2] agora se alinhem mais efetivamente com a perna traseira do braço inferior [3].
O braço inferior é parte de um arranjo de múltiplos elos, com a perna dianteira [1] representando um caso incomum de peça única que atravessa o chassi, em vez de ser montado em ambos os lados. Veja abaixo:

Red Bull Racing RB 16
Photo by: Giorgio Piola
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Efeito solo

Foto de: LAT Images
Motor turbo

Foto de: Sutton Motorsport Images
Chassi de fibra de carbono

Foto de: LAT Images
Suspensão ativa

Foto de: LAT Images
Câmbio no volante

Foto de: Sutton Motorsport Images
Pedal extra de freio como controle de tração

Foto de: LAT Images
Amortecedor de massa

Foto de: LAT Images
Difusor duplo

Foto de: Sutton Motorsport Images
Duto F

Foto de: Sutton Motorsport Images
Difusor soprado

Foto de: Sutton Motorsport Images
Sistemas híbridos

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

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Sobre esta matéria
Categoria | Fórmula 1 |
Autor | Giorgio Piola |