Renault/Mercedes "de acordo" nos segredos que Ocon pode entregar

Após um ano fora do grid da Fórmula 1, o francês Esteban Ocon fará seu retorno como piloto titular neste ano pela Renault. No ano passado, na função de piloto reserva, de testes e de simulador da Mercedes, ele passou por um programa intenso e agora está com um contrato de dois anos com a montadora francesa, tendo como companheiro Daniel Ricciardo.

Mesmo correndo pela Renault, ele mantém uma ligação com a Mercedes, sendo que o chefe da equipe alemã, Toto Wolff, descreveu ele como "um primo da família Mercedes atualmente".

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Ocon afirmou que ele trará para a Renault um pouco do conhecimento adquirido na Mercedes, mas tudo "dentro de certos limites" - já que ele tem consciência de que, diferente da equipe técnica, pilotos não são colocados em "quarentena" quando trocam de equipes.

"Eu saio de lá muito mais forte do que eu era, com muito mais conhecimento das questões técnicas, mas também em outros aspectos organizacionais, o modo que eles veem as coisas em diferentes situações, como eles se comportam em qualquer cenário", afirmou Ocon sobre seu tempo na Mercedes.

"Eu pude ver tudo, o que é completamente diferente da condição de um piloto, entende? Então isso definitivamente me ajudou. Claro, neste ano, vou tentar ser profissional sempre, não vou entregar todos os segredos porque os engenheiros, eles têm um ano de quarentena antes de trocar de equipe. Isso não acontece com os pilotos".

"Mas ainda assim levarei bastante coisas. Dentro dos limites, trouxe algumas coisas, o que foi acordado entre as duas equipes. E sim, até agora tem sido bom. Estava muito envolvido com o desenvolvimento do carro desse ano. Então, agora têm momentos legais, porque - vocês não viram muito aqui [no lançamento], mas é muito diferente. O pessoal da fábrica está falando que é a maior evolução dos últimos três ou quatro anos".

Ocon destacou que a Renault, equipe pela qual ele já trabalhou como piloto reserva, não ficou muito atrás em comparação à Mercedes em relação à estrutura.

"Pode não ser tão grande. Isso sim. Mas a quantidade de esforço colocado no desenvolvimento da equipe desde 2016... Quando eu vim para cá, eu fiquei perdido na entrada. Virei para a esqueda, onde haviam escadas antes, e no lugar estava uma sala nova, cheia de designers e tudo mais. Há novos equipamentos, novas máquinas, salas, computadores - em todos os lugares que você olha há algo novo".