Depois de uma temporada 2014 complicada, no que diz respeito à saúde financeira das equipes pequenas – especialmente Caterham e Marussia -, a Fórmula 1 procura alternativas para solucionar a crise. Um dos homens mais fortes das ‘grandes escuderias’ pede um maior ‘zelo’ com os ‘nanicos’ para salvar definitivamente a categoria.
[publicidade]Nesta quinta-feira, Ron Dennis, chefe da McLaren, pediu uma maior coletividade das equipes, a fim de tornar o campeonato cada vez mais competitivo; em 2014, as equipes pequenas e médias sofreram tanto financeiramente quando esportivamente, na pista.
“F1 é um coletivo, isso sem dúvida nenhuma. É quase como um circo que se move por todo o mundo. Aqui todos se conhecem e simplesmente continuam aparecendo a cada duas semanas durante nove meses do ano. Claro que somos extremamente competitivos, mas igualmente preocupados uns com os outros. Precisamos um zelar pelo outro”, garantiu Ron Dennis.
Na visão do chefe da McLaren, a Fórmula 1 deve se mobilizar nos próximos meses para ajudar as equipes pequenas, desde que não se alterem as regras já estipuladas para os próximos anos de competição.
“Tudo o que posso dizer é que algumas coisas precisam mesmo mudar em algumas áreas, mas certamente, em termos de regra, não nesse momento. O mais certo é deixar as regras em paz: os custos vão diminuir e o desempenho se igualar. Não devemos nos apressar para mudanças que efetivamente alterem a natureza da F1” discursou, antes de se manifestar novamente solidário aos ‘nanicos’.
“Como podemos ajudar? Variando o futuro em respeito ao presente. Não se pode consertar imediatamente o problema de alguém. Entretanto, o que podemos tentar fazer é contribuir, porque aqui tudo funciona coletivamente, as regulações são estruturadas coletivamente e você precisa trabalhar para fazer esse tipo de coisa não se repetir”, encerrou.
Em 2014, a Fórmula 1 testemunhou duas equipes desistirem de corridas por conta de problemas financeiros. A Marussia, que já teve falência decretada, e a Caterham, vítima de um ‘desmanche’ desde o fim da temporada, estiveram fora do GP dos EUA e do Brasil; a Caterham retornou apenas para o encerramento do ano, em Abu Dhabi.
A crise nas duas equipes mobilizou a parte ‘plebeia’ do grid. Em Interlagos, Lotus, Force India e Sauber se reuniram a fim de modificar a política financeira da categoria, que privilegia as escuderias de maior peso como Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes. Tanto Marussia quanto Caterham não estão confirmadas para o ano de 2015.
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José Edgar de Matos
Fórmula 1
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