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Sem reformas, Ecclestone ameaça tirar GP de Interlagos em 2014

Em entrevista ao Estado, dirigente se diz "cansado de promessas" e quer definição sobre novo paddock até julho

O GP do Brasil corre risco de sair do calendário já em 2014, de acordo com o responsável pela promoção do campeonato de Fórmula 1, Bernie Ecclestone. Em entrevista ao Estado de São Paulo, o dirigente deixou clara sua insatisfação com a falta de garantias de que o circuito de Interlagos passará pelas reformas prometidas pelos organizadores.

Ecclestone quer a melhora das instalações do paddock, bem inferiores aos demais circuitos. “As promessas de reforma de Interlagos não foram cumpridas. Agora chega. Não fosse a relação antiga e os sentimentos que me ligam ao Brasil, a Fórmula 1 já não estava mais lá”, afirmou. “O traçado é um dos melhores do mundo, com certeza. Já a estrutura a disposição do público e das equipes é a pior do calendário. Não é preciso ser como isto aqui (o circuito chinês), mas deve atender às nossas necessidades operacionais.”

Foi Ecclestone quem levou o GP para o Brasil pela primeira vez, em 1972, mas agora afirma que o obsoleto Interlagos se tornou até moeda de troca para os outros organizadores. “Não podemos mais cobrar nada dos outros autódromos com Interlagos ano após ano mantendo-se como está. Os demais administradores sabem o que é Interlagos, isso nos desmoraliza. Nem em pistas de rua, como Mônaco, Melbourne, Montreal, enfrentamos essas dificuldades.”

Existe um projeto para revitalizar a área do paddock, transferindo-o para a Reta Oposta, onde há mais espaço. Seria uma reforma nos moldes do que ocorreu, depois de muita pressão de Ecclestone, em Silverstone, na Inglaterra. O valor para a reforma está no orçamento da Prefeitura de São Paulo deste ano e é estimado em R$ 120 milhões. Porém, por enquanto, Ecclestone diz não ter recebido garantias de que as obras sairão do papel. “Este ano não espero mudanças. Mas se o autódromo não estiver na condição que a Fórmula 1 necessita em 2014 não iremos a São Paulo”, garante.

Ecclestone estaria disposto a esperar até a época em que tradicionalmente o calendário para o ano seguinte é fechado, no fim de julho. “Se até antes da definição do calendário não tivermos garantias de o autódromo estar como exige a Fórmula 1, sim. Não vamos sequer usar o tradicional asterisco de sujeito a melhorias no autódromo. Temos de saber já antes, de São Paulo ou outra cidade do Brasil.”

Isso significa que, mesmo saindo de Interlagos, o GP do Brasil ainda tem possibilidade de acontecer. “Estive antes do natal em Santa Catarina e confesso ter ficado impressionado com a disposição daquela gente em levar adiante o projeto de nos receber lá”, afirmou, citando o projeto concebido por Herman Tilke para um circuito em Penha, integrado ao Parque Beto Carreiro World. “Acredito que se der o sinal verde eles iniciam imediatamente as obras. E o Rio de Janeiro também me procurou, mas lá seria um pouco mais difícil, embora, claro, tudo seja possível.” 

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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