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Vettel teme temporada desgastante em 2021 com recorde de GPs: "Precisamos cuidar de todos"

Vettel ainda fez uma análise da Ferrari nos momentos de sua chegada e saída

Sebastian Vettel, Ferrari in the press conference

Após uma temporada em 2020 que já foi exaustiva para as equipes, com 17 GPs em pouco mais de cinco meses, tudo indica que 2021 será ainda mais para todos, com um recorde de 23 etapas mesmo com a pandemia ainda em alta no mundo. E isso preocupa o tetracampeão da Fórmula 1 Sebastian Vettel.

Enquanto a primeira metade do calendário promete ser mais tranquila, com 11 provas em quatro meses e meio, o segundo semestre deve testar o limite das equipes, com 12 provas em pouco mais de três meses e meio, incluindo três rodadas triplas em 11 semanas, sendo uma delas Rússia - Singapura - Japão.

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Segundo Stefano Domenicali, CEO da F1, esse formato do calendário se deu por conta da pandemia, com a expectativa de que a situação estivesse mais controlada no segundo semestre. Mas, para Vettel, a chefia precisa cuidar das pessoas que não estão sob os holofotes, como engenheiros e mecânicos, que trabalham antes, durante e depois dos GPs.

"Temos pela frente o maior calendário de todos os tempos, e ainda não tenho certeza como vamos abordá-lo", disse Vettel ao portal GPFans. "Acho que precisamos nos certificar que cuidaremos de todos".

"Os pilotos têm sorte nesse sentido. Obviamente a demanda acaba sendo alta sobre nós mas, em termos de horas, outras pessoas passam muitas horas a mais trabalhando em um fim de semana".

"Espero que aprendamos com 2020. Não estamos felizes por seguir a mesma coisa, porque isso exige demais das pessoas e suas famílias. Obviamente foi muito bom ter uma temporada apesar das condições, mas, considerando tudo, precisamos ter cautela no planejamento".

Ferrari de 2020 era muito diferente que a de 2015

Já de casa nova, a Aston Martin, Sebastian Vettel fez uma análise de seu passado, comparando os momentos de sua chegada e saída da Ferrari, acreditando que vivenciou um período de transição para duas equipes diferentes.

O tetracampeão chegou à Ferrari em 2015 sob muita expectativa. A equipe italiana buscava alguém que pudesse quebrar o jejum de títulos, que dura desde 2008, enquanto Vettel tinha como objetivo trilhar um caminho similar ao de seu ídolo maior no esporte, Michael Schumacher.

O começo foi positivo, com dois pódios e uma vitória nas três primeiras corridas, terminando 2015 em terceiro no Mundial. E após um 2016 apagado devido ao domínio da Mercedes com a luta interna entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, Vettel passou por uma boa fase em 2017 e na primeira metade de 2018, ensaiando uma luta contra o britânico pelo título.

Mas em 2019 e 2020 passou por momentos difíceis na equipe e viu pouco a pouco o crescimento de Charles Leclerc como o novo líder da Ferrari. Antes mesmo do início da temporada passada, foi dispensado pela Ferrari, e encontrou na Aston Martin uma possibilidade de reescrever parte de sua história na F1.

O tetracampeão analisou o período que passou na Ferrari, tendo acompanhado as chefias de Maurizio Arrivabene e de Mattia Binotto.

"Mudou muito. Obviamente, isso começa na chefia, com pessoas diferentes. Acho que a atmosfera na garagem ainda era a mesma, é uma pena que não tenhamos alcançado o que buscávamos".

"Mas haviam razões para os pontos fortes e fracos nos últimos anos. A equipe evoluiu em alguns quesitos, em outras havia espaço para mais".

Vettel ainda falou de seu agora ex-companheiro Leclerc. Apesar dos dois terem sua parcela de problemas nas pistas, eles sempre defendiam que, fora das pistas, tinham um bom relacionamento.

"Obviamente Charles tem muito tempo pela frente com a equipe, muito trabalho, vamos ver como que isso evolui. Para mim, é um capítulo que acabou e vou iniciar um novo com uma equipe diferente. Mal posso esperar por isso".

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