Brasileiros preveem corrida “bem difícil” em calor chileno de 37°C
Para Lucas di Grassi, quem souber encontrar combinação de acerto e gestão de desgastes de pneus e temperatura da bateria deve ter as melhores chances
Depois de duas etapas com tempo ameno na Arábia Saudita e no Marrocos, a Fórmula E desembarca em Santiago neste final de semana para aquele que promete ser o maior desafio de desgaste para os carros da segunda geração.
No Chile, são esperadas temperaturas elevadíssimas para a corrida deste sábado. O dia promete ser mais quente do que todos os outros anteriores em Santiago, com temperaturas indo até os 37°C e 38°C.
Para o campeão da temporada 2016-2017, Lucas di Grassi, o desafio será potencializado pelo fato de a pista ter três superfícies, asfalto velho, asfalto novo e concreto.
“É uma pista bem diferente”, definiu ao Motorsport.com em Santiago.
“Esse concreto do final do circuito vai fazer muita diferença na pista. Vai fazer o desgaste de pneus ser muito maior. Eles reasfaltaram boa parte da pista também, então tem dois tipos de asfalto além do concreto. Um asfalto vai ter muita aderência e outro nem tanta. E isso vai fazer com que o carro se comporte de um jeito diferente em cada curva.”
Para ele, as particularidades de uma pista como a do Parque O’Higgins são o que fazem da Fórmula E um campeonato especial.
“Não dá para fazer um acerto sem se comprometer em algumas partes do circuito. Isso que é o interessante da Fórmula E”, contou.
“Em uma pista de Fórmula 1, como Interlagos, você sabe que todo o acerto do carro é igual. Então o acerto de uma curva é bem parecido com o da outra. Aqui vamos sair do concreto e ir para um asfalto de alta aderência, então é um dilema: você acerta o carro para o quê, concreto ou asfalto? O desenho da pista é relativamente simples, porém tem pontos de ultrapassagem. A pista é bem larga. Acho que pode ser uma prova interessante.”
Já Felipe Massa, vê a temperatura como o maior adversária no Chile.
“Sem dúvida vai ser uma corrida bem diferente, porque vai estar muito calor”, falou ao Motorsport.com.
“Essa corrida vai ser o contrário das duas primeiras. Nelas, nós chegamos a 20°C ou 22°C. Aqui no sábado teremos de 37°C a 38°C. Isso vai ser um problema para todas as equipes em termos de temperatura da bateria – quanto mais quente ela fica mais potência você perde e mais problemas você vai ter.”
“Chegar no fim dessa corrida será um problema por outras coisas como temperatura de pneus e freios, que todo mundo vai sofrer. Será uma corrida diferente. Eu acho que as outras duas provas foram interessantes, muitas coisas aconteceram.”
“Tivemos muitos pegas. Mas nessa corrida muitas pessoas estarão preocupadas em chegar no final, problemas mecânicos também podem aparecer. Vamos ter um pensamento diferente para os pilotos.”
Já Nelsinho Piquet aposta em uma corrida agitada e animada com o traçado largo do novo circuito de Santiago. Ele acredita que as principais zonas de ataque serão no fim da volta, onde estão dois cotovelos.
“Não, isso é tranquilo”, disse quando perguntado pelo Motorsport.com sobre as superfícies diferentes da pista.
“Mais as chicanes que são os pontos imprevisíveis, porque eles dão a pista em um documento para nós. A largura da pista e o comprimento nós já sabemos. Chicane é sempre em cima da hora. Mas achei a pista legal, não é no centro da cidade, mas é um traçado muito bacana para uma boa competição.”
Viagem a convite da Audi
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