F-E: De Vries acredita que nova regra de prorrogação "não melhorará as corridas"

Holandês da Mercedes acredita que nova regra deixará todos com a chance de ir com tudo nas voltas finais, dificultando disputas e ultrapassagens

Nyck de Vries, Mercedes-Benz EQ, EQ Silver Arrow 02, Stoffel Vandoorne, Mercedes-Benz EQ, EQ Silver Arrow 02

O atual campeão da Fórmula E, Nyck de Vries, acredita que a nova regra da categoria, com adição de tempo ao final da prova pode evitar novos fiascos como o visto no ePrix de Valência do ano passado, mas sente que potenciais entradas tardias do safety car podem resultar em "nenhuma corrida" no final das provas.

A regra antiga sobre gerenciamento de energia determinava que, a cada minuto da prova com o safety car ou uma bandeira amarela no circuito todo (FCY em inglês), 1 quilowatt-hora de energia seria removido do total que o piloto poderia usar, com o objetivo de tornar as equipes mais eficientes no manejo.

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Mas em Valência no ano passado, os longos períodos atrás do safety car, além da volta adicional não contabilizada fez com que vários carros abandonassem por ficarem sem energia.

Esta regra foi mudada para a oitava temporada, que começa nesta sexta (28): a cada minuto com safety car ou FCY na pista, 45 segundos serão acrescidos ao tempo total da prova. Essa 'prorrogação' tem um limite de 10 minutos, e nenhum tempo será adicional caso o SC ou o FCY sejam acionados após o início do 41º minuto de um total de 45 da prova.

De Vries, que seguirá com a Mercedes nesta temporada, a última da montadora alemã na categoria, acredita que, apesar da mudança no regulamento cobrir problemas como os de Valência, as interrupções no final da corrida podem criar um excedente de energia - permitindo que os pilotos forcem a barra, potencialmente deixando qualquer batalha em um impasse.

"Acho que, no geral, reduzirá o risco de termos marcas muito baixas de energia quando tivemos FCY e safety cars no final das corridas. Mas, na verdade, acho que é uma pena, porque acredito que assim que tivermos isso, vamos basicamente entrar em um cenário de terminar com pé embaixo".

"Assim que você entra em um cenário com números altos, como Londres, quase sem gerenciamento de energia, você não vê ultrapassagem, não vê nenhuma corrida. Além disso, pessoas com um tipo mais estratégico de corrida podem facilmente tirar um pouco o pé, mas, na verdade, a vantagem que eles podem ter construído ao longo da corrida pode ser tirada deles".

"Acho que será mais fácil para todos, certamente poderão se preparar e evitar um cenário como Valência, mas pessoalmente não acredito que melhorará as corridas".

Nyck de Vries, Mercedes-Benz EQ

Nyck de Vries, Mercedes-Benz EQ

Photo by: Alastair Staley / Motorsport Images

Edoardo Mortara, companheiro de Lucas di Grassi na Venturi, acrescentou que, para ele, as mudanças fazem "mais sentido" do que a regra de remoção de energia, mas ecoou as preocupações de de Vries.

"Faz mais sentido do que tirar a energia disponível, então, neste caso, é melhor. Mas, como Nyck disse, você poderá chegar na reta final das corridas com pé embaixo, o que nunca é bom para o espetáculo. Tenho certeza de que, com o tempo, poderemos analisar melhor isso".

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