Análise: A saga do DeltaWing está só no começo
Analista do Motorsport.com fala sobre o desenvolvimento DeltaWing e o que o futuro reserva para o revolucionário conceito das pistas











Durante as 24 Horas de Daytona deste ano, o carro da Starworks parou no meio da pista e diversos carros conseguiram desviar, menos o DeltaWing pilotado por Andy Meyrick, que culpou as interferências no rádio de bordo que, segundo ele, o impediram de ser comunicado a tempo de evitar o obstáculo na pista.
O curioso veículo que se assemelha ao que seria um 'caça a jato rastejante' estava disputando a liderança da prova, tendo ocupado o primeiro lugar por 3 ocasiões diferentes. O acidente acabou interrompendo o que prometia ser a melhor corrida do badalado conceito desde sua estreia de 2012 em Le Mans.
De lá para cá, mudando de proprietários algumas vezes, inclusive com disputas judiciais, o desenho original de Ben Bowlby sofreu diversas modificações, sendo a mais notável delas a introdução de uma cabine, entretanto, sempre mantendo a proposta inicial de dramaticamente melhorar o arrasto aerodinâmico e reduzir o peso de um protótipo de corrida de igual categoria pela metade. O resultado final dessas inovações implicam em velocidades iguais com a metade do uso de cavalos de potência e metade do consumo.
No lançamento, o DeltaWing foi celebrado pelos fãs americanos como a resposta do país as tentativas internacionais de se produzir carros de corrida de menor consumo, a maioria deles enveredando para projetos com motores híbridos. Como se houvesse uma aposta conservadora no uso de combustíveis fósseis, afirmando que era mais eficiente e barato tratar o problema do consumo pelo lado aerodinâmico do que pelo lado do tipo de motor e combustível. Algo que lembra a atual disputa na Fórmula 1 entre o tricampeonato da Red Bull em cima de feitos aerodinâmicos e o bicampeonato da Mercedes em cima de particularidades secretas em sua unidade de potência híbrida.
Por ironia do destino, a grande dor de cabeça do DeltaWing de Don Panoz, o tenaz e renomado empresário do automobilismo esportivo proprietário da equipe Panoz DeltaWing Racing, tem sido a confiabilidade dos motores a combustão interna que o projeto usa. Dificilmente o DeltaWing termina as corridas de Endurance que disputa na IMSA, muito embora tenha havido progressos.
Por mais ironia do destino ainda, na mesma semana que os treinos livres para as 24 Horas de Daytona indicavam que finalmente o modelo de 2016 teria sanado todos os problemas do veículo, é anunciada uma parceria entre a DeltaWing Technology Group e a DHX Electric Machines Inc., empresa essa que anuncia ter desenvolvido um revolucionário motor elétrico 75% menor que os atuais de igual capacidade motriz.
A intenção de ambas as empresas é desenvolver veículos elétricos e híbridos usando o desenho do DeltaWing e o novo diminuto motor elétrico. Nesse ponto, é importante lembrar que Don Panoz pretende produzir carros de passeio além dos de corrida.
“Santo caça a jato rastejante”, diria Robin para Batman dentro do Batmóvel.
João C. Corrêa trabalha há quase 5 anos na sede da Motosport.com Global em Miami. No Brasil trabalhou durante muitos anos como programador (Buccaneer Software-MSX).

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