Relato da corrida
Indy Texas

Rahal vence por 8 milésimos; Kanaan é 3º e Castroneves, 5º

Prova no oval do Texas que havia sido adiada por causa das chuvas é completada 76 dias depois; Graham Rahal supera Hinchcliffe por bico do carro e brasileiros vão bem e chegam no top 5

Graham Rahal, Rahal Letterman Lanigan Racing Honda

Quase três meses depois, finalmente a prova da Indy no oval do Texas foi concluída. A corrida original, marcada para 11 de junho, primeiramente foi adiada para o dia seguinte por causa das chuvas. No domingo, 12 de junho, foram dadas 71 voltas até que tempestades voltassem a cair sobre o oval em Fort Worth e a adiassem de vez.

E depois de 76 dias valeu toda a espera. Em um final sensacional, Graham Rahal venceu, superando James Hinchcliffe por 8 milésimos após a realização das 177 voltas que faltavam.

Os brasileiros foram muito bem. Tony Kanaan lutou pela vitória até o final e chegou em terceiro, a 0s09 do vencedor, enquanto Helio Castroneves superou uma batida, perdeu muitas voltas, voltou para a prova  e finalizou em quinto.

Quem também se deu bem foi o francês Simon Pagenaud. Após ver Will Power encostar na classificação e ficar a apenas 20 pontos, o líder terminou à frente do rival, em quarto, e abriu vantagem na tabela já que Will Power foi apenas o oitavo.  Agora Pagenaud tem 529 pontos contra 501 de Power. Kanaan subiu para a terceira posição, com 416, um ponto à frente de Castroneves.

Faltam só duas etapas para o fim da temporada, em Watkins Glen (4/9) e Sonoma (18/9). 

A CORRIDA

Inicialmente, a prova em Forth Worth era a nona etapa da temporada. Com o adiamento, passou a ser a antepenúltima. Apenas 20 carros estavam na pista neste sábado já que Josef Newgarden e Conor Daly não puderam alinhar pois haviam sofrido forte acidente em junho e estavam fora da prova do Texas no momento em que ela foi cancelada.

Logo na relargada,  James Hinchcliffe, da equipe Schmidt Peterson, saiu na frente, seguido de Ryan Hunter-Reay e de Mikhail Aleshin. As primeiras 10 voltas foram sensacionais, com os oito primeiros colocados andando lado a lado. Inicialmente, Hinchcliffe e Hunter-Reay travaram duelo na frente, dando pinta de que o piloto da equipe Andretti iria repetir a performance do trioval de Pocono, na semana passada. Mas logo Hunter-Reay foi perdendo rendimento e caindo no pelotão.

Helio Castroneves, que saiu em sétimo, e Tony Kanaan, que relargou em 16º, começaram muito bem. Helinho passou a brigar entre os três primeiros e Tony subiu para a sétima colocação.

Perto da volta 100, Hinchcliffe e Castroneves eram os dois únicos que lutavam pela liderança. A dupla chegou a abrir 7s de vantagem sobre Will Power, Rahal, Ed Carpenter, Kanaan e Dixon, que vinham a seguir. Enquanto isso, o líder do campeonato, Simon Pagenaud, lutava para escalar o pelotão após relargar na 15º posição.

Sem bandeiras amarelas, a prova seguia em ritmo fortíssimo. Tanto que na volta 199, Hinchcliffe colou uma volta em Montoya, que era o décimo colocado.

Mas de ausentes, as bandeiras amarelas começaram a pipocar na parte final da prova. Na volta 213, Scott Dixon bateu no muro após toque com Ed Carpenter. O pelotão aproveitou e foi para o pit. Com isso, a prova ficou totalmente aberta para a última parte com a relargada na volta 220.

Assim que a bandeira verde tremulou, Hinchcliffe e Ed Carpenter seguiam na frente, com Castroneves, Rahal e Kanaan na mesma volta dos líderes. Porém, com muitos retardatários juntos dos ponteiros, a briga pela ponta ficou tumultuada.

O resultado foi que logo depois, na volta 224, novo acidente, desta vez envolvendo Castroneves e Ed Carpenter, que perdeu a traseira de seu carro e foi tocado por Helinho. O brasileiro ainda voltou para a pista mesmo com muitas voltas de atraso. Com a posterior sequência de bandeiras amarelas, a equipe Penske foi colocando o brasileiro novamente na prova e ele voltou a brigar pela vitória no final.  

A bandeira amarela ficou até a volta 230. E quando foi dada a relargada, faltando apenas 18 voltas, a ordem era Hinchcliffe, Kanaan, Rahal. Mas Tony Kanaan apertou na segunda colocação e estava lado a lado com Hinchcliffe quando nova bandeira amarela interrompeu a prova na volta 233.

Aleshin rodou e foi colhido por Jack Hawksworth, que vinha logo atrás. Hawksworth saiu do carro mancando e precisou do apoio dos comissários.        

A hora da verdade começou na volta 240. Faltando oito para o final, a última relargada foi sensacional com Hinchcliffe, Kanaan, Pagenaud e Castroneves lutando pela vitória. A 5 voltas do fim, os quatro primeiros dividiam as curvas lado a lado. Parecia mais turfe do que corrida de carro. As últimas voltas foram cabeça a cabeça. Tony deu pinta de que iria ganhar, mas faltando duas voltas Rahal foi para cima, passou o brasileiro e venceu por 8 milésimos, para frustração total de Hinchcliffe, que liderou quase de ponta a ponta e perdeu por um bico.   

 

 

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