Chefe da Aprilia defende MotoGP manter motos para 2021: "Não seria loucura"
Para o CEO da equipe, a ideia da MotoGP seguir os passos da F1 "não seria loucura" pelo corte de gastos que representaria
A temporada 2020 da MotoGP está em hiato indefinido devido à pandemia do novo coronavírus, com as oito primeiras etapas adiadas ou canceladas, com os GPs da Itália e da Catalunha sendo as últimas vítimas.
Essa falta de corridas deixou as equipes diante de problemas financeiros, com a Dorna Sports, dona da MotoGP, anunciando na semana passada um pacote de auxílio financeiro de cerca de 50 milhões de reais para as equipes independentes da MotoGP - além da KTM - e as 31 equipes da Moto2 e Moto3, com duração de três meses.
Massimo Rivola, chefe da Aprilia que, no passado, foi diretor esportivo da Ferrari, elogiou a decisão da Fórmula 1 de adiar a introdução do novo pacote técnico de 2021 para 2022 como forma de reduzir os custos em meio a um clima de incertezas, e acredita que a MotoGP deveria considerar medidas similares.
Ele também defende a ideia da categoria rainha reduzir para uma moto por piloto, como visto no Mundial de Superbike.
"Na situação atual, onde ainda não conseguimos ver a luz no fim do túnel, e com previsões críticas, pensar apenas na performance seria errado", disse Rivola ao Motorsport.com. "Nós precisamos entender qual é a situação do mundo, e eu acho que a F1 fez o certo, e precisamos considerar algo do tipo para nós".
"Correr em 2021 com a moto de 2020, não vejo como uma loucura, se nos permitir reduzir os gastos. Mas também há milhares de modos de reduzir, como, por exemplo, ter apenas uma moto por piloto, ou pelo menos fazer corridas menores, já que o custo por quilômetro das motos não é pequeno. Há várias opções".
O regulamento técnico da MotoGP permanecerão estáveis em sua maioria para 2021, com a categoria já limitando certas áreas de desenvolvimento como eletrônica e motores durante a temporada para equipes não concessionais (Honda, Yamaha, Suzuki e Ducati), e permitindo apenas uma mudança de aerodinâmica durante o ano para essas equipes.
E, em resposta ao calendário crescente, que deveria contar com um recorde de 20 provas em 2020, a MotoGP vai realizar menos testes no próximo ano.
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