Dorna barra expansão do grid da MotoGP para além de 22 motos até 2027

Dona da MotoGP não nega a entrada de novas montadoras, mas, para isso, terão que fechar parcerias com estruturas já existentes

Group riders photo

Quando a Suzuki anunciou sua saída da MotoGP, em 2 de maio de 2022, os olhos do paddock do campeonato mundial se voltaram para a BMW, que teve a oportunidade de assumir o lugar da construtora. No entanto, não houve pressa da marca alemã para executar uma transição que, com o tempo, foi perdendo força.

A BMW vive uma fase de sucesso no WSBK com Toprak Razgatlioglu, que abriu o caminho para o primeiro título marca. Sven Blusch, o novo gerente desportivo da divisão de motocicletas, que chegou do mundo das quatro rodas para guiar a suposta mudança da BMW para a MotoGP, está aproveitando todas as oportunidades para garantir que não há nada oficial sobre a ida da BMW para a categoria-rainha.

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Embora inicialmente tudo parecesse apontar para o fato de a Dorna estar clamando pela chegada de novas fabricantes, a realidade pode levar alguém a pensar de forma diferente.

"Concordamos que a visão de que a MotoGP continuará a ser composta por onze equipes e 22 pilotos. A experiência, mesmo após a saída da Suzuki, nos mostrou que temos as melhores condições", explicou Carlos Ezpeleta, diretor esportivo da Dorna Sports e filho do CEO Carmelo Ezpeleta, em entrevista à mídia alemã Speedweek.

A temporada de 2022 foi a última com 24 pilotos no grid. Desde então, sem a Suzuki, a MotoGP tem competido com 22 pilotos em onze equipes, sendo quatro delas com motos Ducati, duas com Honda, Aprilia e KTM, e apenas uma com a Yamaha.

"O fato é que já temos um enorme tesouro em nossa estrutura que ainda não foi totalmente explorado", continua Ezpeleta.

"Os 22 pilotos representam 22 histórias incrivelmente boas. Estamos vendo uma ação incrível em até 44 corridas. E acho que já estamos enfrentando o enorme desafio de contar essas histórias da melhor maneira possível. Com 24 protagonistas, essa tarefa seria ainda maior", argumenta.

Repetindo o experimento Aprilia-Gresini

Com esse cenário, a Dorna retira o suposto tapete vermelho para a BMW entrar na MotoGP, mas não fecha a porta para a fabricante alemã ou qualquer outra, embora a forma de entrar seria idêntica à que a Aprilia teve que usar para sua chegada.

Em 2015, a fabricante retornou à MotoGP, mas teve que fazê-lo em parceria com uma estrutura privada existente, a Gresini Racing, com a qual manteve um relacionamento marcado por tensões até 2022, quando a marca italiana conseguiu assinar um acordo de construtor com a Dorna, com as equipes competindo separadamente a partir desse ano.

"No fim das contas, o que importa é a qualidade das onze equipes. Se elas são fornecidas por cinco ou seis fabricantes é outra questão", continua Ezpeleta.

"Mas não é segredo que nossa prioridade atual são cinco fabricantes. Isso não significa que queremos impedir a entrada de uma sexta, mas que outro teria que trabalhar com uma das onze equipes", confirma o filho do CEO da MotoGP, antes de garantir: "Onze equipes e 22 pilotos, isso está resolvido".

A partir daqui, a BMW terá que tomar uma série de decisões, e a primeira delas é se e em que ano ela quer vir para a MotoGP. E, em seguida, procurar um parceiro entre as atuais privadas: Tech3, Gresini, LCR, Trackhouse, VR46 ou Pramac, sendo que as duas últimas acabaram de assinar um contrato de vários anos com a Ducati e a Yamaha, respectivamente.

De qualquer forma, a chegada da BMW não seria antes de 2027, quando o campeonato implementa os novos regulamentos. Outro fator que pode influenciar é a pressão exercida por Toprak, que quer provar seu talento na MotoGP, embora a idade (27 anos) o faça ter pressa em dar esse passo com a BMW, que, na melhor das hipóteses, poderia lhe oferecer uma moto na categoria rainha aos 30 anos.

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