MotoGP GP da Malásia

MotoGP: Busca da Honda por substituto de Márquez tem nãos de Espargaró e Oliveira e novo candidato vindo da Ducati

Saída do hexacampeão um ano antes do fim de seu contrato causou um terremoto no mercado de pilotos da MotoGP

Pol Espargaro, Repsol Honda Team, Alberto Puig, Repsol Honda Team Team Principal

Após a confirmação da ida de Marc Márquez para a Gresini Ducati na temporada 2024 da MotoGP, a Honda corre contra o tempo em busca de um novo piloto para a vaga do espanhol, visando o teste de pós-temporada de Valência, em pouco mais de duas semanas.

E com o tempo se esgotando, a marca japonesa encontra desafios para encontrar o substituto de Márquez, recebendo nãos dos dois primeiros candidatos da lista: Miguel Oliveira e Pol Espargaró. E enquanto Fabio Di Giannantonio segue na disputa, outro nome vindo da Ducati surge como candidato.

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Espargaró prefere seguir como piloto de testes da KTM

Durante o fim de semana da MotoGP na Malásia, Pol Espargaró, que correu pela equipe oficial da Honda em 2021 e 2022, revelou que foi procurado pela montadora japonesa para um retorno, mas que negou o convite.

Após a contratação de Joan Mir pela Honda para 2023, Pol voltou para a KTM, onde correu por quatro temporadas, para defender a nova Tech3 GasGas. Porém, para 2024, o espanhol foi preterido pelo líder da Moto2 Pedro Acosta, ficando com a vaga de piloto de testes.

A revelação de Pol foi feita pelo chefe da Honda, Alberto Puig, em entrevista à DAZN. Mas com a montadora oferecendo um contrato de apenas um ano, o espanhol preferiu seguir em seu acordo com a KTM, que prevê participações como wildcard em 2024.

"[Alberto] é uma boa pessoa e está fazendo um bom trabalho. A Honda está em uma situação difícil por causa de Marc".

"Todos os pilotos estão ligados a uma montadora, então os melhores pilotos já estão fechados para o próximo ano. É uma situação crítica para eles. Mas eu conversei com a KTM e percebemos que seria melhor seguir nesse projeto"

"Agradeço à Honda, porque sair e ser chamado de volta significa que o trabalho não foi ruim e a relação se mantém boa", concluiu o espanhol. Mas é importante destacar que a revelação de Puig surpreendeu, pelo fato de Pol não ter saído nos melhores termos com a Honda, tendo afirmado no final de 2023 que se sentiu piloto de fábrica da montadora apenas em 2022.

Miguel Oliveira, RNF MotoGP Racing

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

Miguel Oliveira, RNF MotoGP Racing

Oliveira: oferta de apenas um ano levou ao não

O português da RNF Aprilia era o principal candidato da Honda para a vaga de Márquez. Com contrato garantido para 2024, Oliveira tinha a opção de saída caso recebesse uma oferta de uma montadora, mas acabou dizendo não à marca japonesa devido ao fato da Honda querer alguém por apenas um ano.

"Não diria que estou desapontado", disse Oliveira em Sepang. "São negócios, eles estão buscando oportunidades e nós também. "Algumas vezes as expectativas não casam"

"A questão é que eles querem um piloto para apenas um ano, e hoje em dia isso é muito arriscado. Mesmo sendo a maior montadora do mundo, com todos os recursos humanos e econômicos para construir uma moto e uma equipe forte, eu diria que, como piloto, quebrar a relação com uma montadora e ir para outra sem garantia do futuro, é algo bem difícil".

O português também destacou que sua decisão é parcialmente motivada pela chance de subir para a equipe oficial da Aprilia em 2025: "Quase todos os pilotos encerram seu ciclos de contratos [no fim de 2024], então tudo estará aberto".

Luca Marini, VR46 Racing Team

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

Luca Marini, VR46 Racing Team

Marini surge como opção ao lado de Di Giannantonio

Em meio aos nãos dos principais candidatos, Fabio Di Giannantonio, piloto italiano que perderá sua vaga na Gresini Ducati para Marc Márquez em 2024 surge como uma forte opção para substituir o espanhol na Honda.

Porém, em sua entrevista DAZN, Puig revelou que Luca Marini, da VR46, também é um candidato à vaga, enquanto negou conversas com Fermin Aldeguer, da Moto2. 

Questionado pelo Motorsport.com se havia negociado com a Honda, Marini respondeu com cautela: "Bem, agora, não, neste momento não. Hoje, sexta-feira".

Mas o italiano, que já está garantido na VR46 para 2024, não descartou a mudança: "Depende da situação. Há várias coisas que precisam estar na mesma direção".

"Agora estou me sentindo forte, estou melhorando nesta temporada e, no próximo ano, quero ser competitivo, lutar pelo pódio em todas as corridas".

Uma mudança a essa altura do campeonato faria com que Marini trocasse a melhor moto do grid no momento, a Ducati, pela pior, a Honda.

"Sim, eu tenho a melhor moto, mas ir para uma montadora, você desenvolver a moto, fala com os engenheiros e eles seguem a sua direção. É algo completamente diferente. Sei que meu pacote agora é fantástico, a equipe está muito bem e a Ducati é uma moto fantástica. Mas, como piloto, tenho um sonho, de ser piloto de fábrica, algo que seria realmente incrível. Mas precisa ser o projeto correto".

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